Cidades-sede terão 16 mil voos extra durante o período dos jogos
Da
véspera da abertura do Mundial da FIFA (11/06) ao dia seguinte da
grande Final (14/07), as companhias aéreas que integram a ABEAR –
Associação Brasileira das Empresas Aéreas -
(AZUL, AVIANCA, GOL e TAM) transportarão 7,2 milhões de passageiros
apenas nas cidades-sede dos jogos. O levantamento foi realizado pela
entidade considerando os voos realizados em um período de 36 horas antes
e após cada partida.
Essa
metodologia estima uma movimentação típica de grandes eventos, em que
os passageiros planejam sua viagem de ida para a véspera e também para o
dia do jogo, e o retorno é realizado
entre o final da partida e o dia seguinte.
A
ligação às cidades-sede terá um aumento superior a 31% no volume de
operações. Serão adicionados 16,1 mil voos à malha regular nessas
cidades durante o período dos jogos, totalizando
67,8 mil deslocamentos. A oferta de assentos cresce 9,7%, o que
significa 645 mil novos lugares aos 6,6 milhões regulares.
“A
criação de uma malha aérea específica para o período da Copa do Mundo é
um processo que requer uma disciplina organizacional extrema”, explica
Eduardo Sanovicz, presidente da
ABEAR. De acordo com o executivo, do remanejamento de voos à
programação de manutenção das aeronaves, cada etapa é sistematicamente
definida para atender ao fluxo de passageiros que circularão entre as 12
cidades-sede sem comprometer as demais operações. Com
o aumento de operações nessas regiões, um dos principais elementos que
vão gerar a energia necessária para a operação é o capital humano. Para
isso, as companhias já se estruturam para alocar suas equipes nas bases
que terão maior demanda no período.
“É
preciso lembrar que os quase dois mil voos que solicitamos à Anac em
dezembro tinham o objetivo de otimizar as ligações entre essas cidades.
Esses voos serão realizados praticamente
com a mesma frota que contávamos no final do ano passado. O principal
elemento que nos permite realizar uma operação complexa como essa é
planejamento”, destaca Sanovicz.
Das
cidades-sede com maior movimentação, São Paulo é a que terá o maior
fluxo, com 2,8 milhões de assentos nos aeroportos de Congonhas,
Guarulhos e também em Viracopos. No entanto,
esse volume representa apenas 9% a mais no número de assentos regulares
para o período. No Rio de Janeiro, serão 89 mil assentos extra para os
terminais do Galeão e Santos Dumont, totalizando 881 mil. Em volume de
operações, haverá um crescimento de cerca
de 45% em função de 2,6 mil novos voos. Em Belo Horizonte, os
aeroportos da Pampulha e Confins terão 873 mil lugares em 7,7 mil voos,
dos quais 789 são operações específicas para os seis jogos na capital
mineira.
Em
termos de operação, o aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, terá
aumento de 64% no volume de pousos e decolagens no período, chegando a
5,5 mil voos e 560 mil assentos.
Fortaleza também supera a margem de 60% com 826 voos extras, somados à
malha de 1.350 deslocamentos regulares.
“Temos
uma grande operação e plenas condições de proporcionar aos torcedores
uma experiência de voo de acordo com todas as expectativas. Porém, a
experiência de voar não se resume
apenas ao período em que o passageiro entra na aeronave. Precisamos
também contar com a eficiência dos serviços em solo para garantir o
sucesso desta operação”, conclui Sanovicz.

ABEAR
A ABEAR foi
criada em 2012 pelas cinco principais companhias aéreas brasileiras –
AVIANCA, AZUL, GOL, TAM e TRIP, com a missão de estimular o hábito de
voar no Brasil. Entre suas estratégias de atuação estão
planejar, implementar e apoiar ações e programas que promovam o
crescimento da aviação civil de forma consistente e sustentável, tanto
para o transporte de passageiros como para o de cargas. As empresas
fundadoras representam 99% do mercado, empregam 57 mil
pessoas, dispõem de mais de 450 aeronaves e fazem cerca de 2.700 voos
diários. A entidade tem ainda mais duas associadas: TAM Cargo e TAP.
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