O presidente do Fórum Nacional dos
Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) e também Secretário de
Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, afirmou que o fato da geração de renda do
turismo no Brasil ser maior que a expansão econômica do país não é nenhuma
surpresa.
De acordo com dados do IBGE, entre os
anos de 2003 e 2009 ,a variação no turismo foi de 32,4% contra 24,6% da
economia como um todo; entretanto, o mesmo estudo aponta que a participação do
setor no PIB brasileiro foi de apenas 3,6% no período. Para Leonelli, trata-se
de uma “clara” subestimação do peso real da atividade na medição do índice de
concentração das riquezas do país. “Só estão sendo contabilizadas as atividades
de hospedagem e alimentação e apenas parte do transporte e do comércio”,
afirmou.
Na opinião do presidente do Fornatur,
o dimensionamento do setor deveria incluir produtos e serviços que não teriam a
mesma força sem o turismo como, por exemplo, as indústrias de eletroeletrônicos
que fabrica televisores, refrigeradores e condicionadores de ar e tantos outros
como os de tecidos para enxovais, “altamente consumidos pelos ramos de
hotelaria e alimentação”.
Para Leonelli, isso seria resolvido
com a criação de uma conta satélite, instrumento que ele considera ser capaz de
fazer um dimensionamento real do turismo. “Os empregos no setor também são
subestimados. Hoje, o número oficial é de que a atividade emprega 6,1% do total
de brasileiros que estão no mercado de trabalho, o equivalente a 6 milhões de
pessoas”, afirma.
“Com bons índices relacionados à
economia brasileira, mesmo com cálculos defasados do que pode representar a
realidade, há uma pergunta que não quer calar em relação ao turismo: Por que o
percentual do setor na maioria dos orçamentos dos estados e também no Governo
Federal não chega a 2% do total, indagou Leonelli.
Assessoria de Imprensa- Setur-Bahia
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