Porto Alegre e Brasília receberão degustações gratuitas de vinhos portugueses. Os eventos são realizados pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) e são voltados prioritariamente a profissionais (compradores, distribuidores, sommeliers, donos de bares e restaurantes), jornalistas e formadores de opinião, assim como enófilos da Sociedade Brasileira de Amigos do Vinho (Sbav) e da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS).
Na
capital gaúcha, a degustação será nesta segunda-feira (dia 2 de
dezembro), das 16h às 20h, no Hotel Laghetto Viverone Moinhos (Rua Dr.
Vale, 579, Moinhos de Vento). A presença dos convidados deve ser
confirmada pelo e-mail beirainteriorpoa@gmail.com.
Já na capital federal, o evento será na Embaixada de Portugal em
Brasília (Avenida das Nações, Quadra 801 – Lote 2), com a presença do
embaixador Francisco Ribeiro Telles, na sexta-feira, dia 6 de dezembro,
das 16h às 20h30. Interessados devem confirmar presença pelo e-mail beirainteriorbrasilia@gmail. com.
Cinco
produtores portugueses – Adega da Covilhã, Adega do Fundão, Quinta dos
Currais, Quinta dos Termos e 2.5 Vinhos de Belmonte – farão a
apresentação de seus rótulos. Eles virão mostrar seus vinhos e
espumantes da Beira Interior, a mais alta região de Portugal, berço da
produção vitivinícola na época da ocupação dos romanos e desenvolvida a
partir do século XII pelos monges de Cister. Situada no centro do país,
entre o Rio Douro a norte e o Rio Tejo a sul, a Beira Interior faz
fronteira com a Espanha e tem cerca de 16.000 hectares de vinhedos
plantados.
Os
vinhos da Beira Interior têm o frescor das montanhas, que formam uma
paisagem selvagem e atraente cada vez mais visitada por turistas de todo
o mundo em busca de uma incrível diversidade de paisagens, com serras,
aldeias históricas, áreas arqueológicas, castelos, monumentos, igrejas,
solares, além de muitos vinhedos.
A
altitude de 400 a 700 metros, aliada ao clima mediterrâneo, com verões
muito quentes e inverno rigoroso (com neve), resulta em vinhos muito
aromáticos e com uma pronunciada acidez. “A região reúne boas condições
para a produção de brancos frescos e aromáticos e tintos frutados e
encorpados”, afirma João Carvalho, presidente da CVRBI.
Os
solos da região são de origem granítica e xistosa, fruto do relevo
acidentado e montanhoso da região. As vinícolas cooperativas elaboram
quase todo o vinho da região, que têm apostado a internacionalização dos
seus vinhos, incentivando a aparição de pequenos e médios produtores. A
exportação já alcança aproximadamente 30 países. São mais de 500 mil
garrafas, compradas especialmente por Estados Unidos, Canadá, Brasil e
Angola.
Saiba mais
A
Beira Interior está dentro de uma denominação genérica chamada Beiras,
subdividida em outras duas regiões Beira Alta (o tradicional Dão) e a
Beira Litoral (Bairrada).
As
castas tintas mais cultivadas na Denominação de Origem da Beira
Interior, criada em 1999, unindo as regiões de Castelo Rodrigo, Cova da
Beira e Pinhel, são a Tinta Roriz, Bastardo, Marufo, Rufete e Touriga
Nacional. As castas brancas com maior expressão na região são a Síria,
Malvasia Fina, Arinto e Rabo de Ovelha.
Comentários