Destaque negativo é que crise no turismo
leva estado a registrar pior geração de emprego do primeiro trimestre desde
2011
O setor que mais gera
emprego formal no Rio Grande do Norte segue liderando a abertura de novas
vagas. Em março, segundo dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e
Emprego, o setor abriu 1.054 novos postos, sendo 529 no Comércio e 525 nos
Serviços. O número do setor foi decisivo
para que o estado fechasse o terceiro mês do ano com saldo positivo de 409
empregos (apesar dos números negativos do setores de Agropecuária e Construção
Civil).
Na estratificação dos
números, dentro do setor de Comércio, o
segmento Varejista respondeu, em março, por 456 novos empregos além dos 73 do
Atacadista). No setor de Serviços, os segmentos de Corretagem de Imóveis (358
novas vagas) e de Ensino (88) lideram a geração de empregos.
O presidente do Sistema
Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, explica que a retomada dos números de empregos
em março (que foi o melhor mês do ano até agora em abertura de novas vagas,
tanto no setor de Comércio e Serviços quanto no total do estado) já é
naturalmente esperada. “O mês de março é quando alguns setores começam a se
movimentar do ponto de vista de novas contratações, até porque já foi encerrado
o ciclo de demissões dos temporários do ano anterior. Este ano, em março, por
exemplo, houve a contratação do pessoal para o movimento de Páscoa. Além disso,
aqui no estado, estamos vendo a retomada, ainda tímida, dos investimentos
públicos, com Prefeitura de Natal e Governo do Estado, injetando alguns
recursos na economia”, afirma ele.
O empresário lembra ainda
que esta retomada do emprego está em sintonia com o bom movimento de vendas que
o Rio Grande do Norte vem registrando nos primeiros meses do ano. “Em janeiro
crescemos 7%, em fevereiro 6,1%. São percentuais muito bons, puxados exatamente
por este novo momento de circulação de dinheiro novo no mercado que estamos
vivenciando”, pontua ele.
Trimestre
Mas nem tudo é boa notícia. Quando tomados os números do primeiro
trimestre do emprego no setor de Comércio e Serviços e no Rio Grande do Norte
como um todo, o ano de 2013 foi o pior dos últimos três anos (ver quadro
abaixo). No caso específico do setor representado pela Fecomércio RN, aos 1.136 empregos abertos de janeiro a março
deste, se contrapõem os 2.338 abertos no mesmo período de 2012 e os 2.311
abertos em 2011. “Este número é o retrato do quadro para o qual vimos
alertando. O nosso turismo está definhando pela falta de políticas mais
concretas e eficazes de promoção do nosso destino e também do investimento em
infraestrutura. Algumas coisas já começam a ser feitas, como as obras em Ponta
Negra, depois de mais de um ano de caos na praia mais famosa do nosso estado.
Mas ainda há muito a ser feito. A inanição dos Poderes Públicos nesta área
começa a cobrar sua conta”, diz Marcelo Queiroz.
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