Túnel Arena das Dunas tem Estudo Ambiental apresentado em audiência pública




O Estudo de Impacto Ambiental do Túnel Arena das Dunas foi apresentado na manhã desta terça-feira, 05, em audiência pública realizada no auditório do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGÁS), em Lagoa Nova. O prefeito Carlos Eduardo participou do evento em companhia dos secretários de Gabinete Civil, Sávio Hackradt, de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Rogério Mariz, e de Meio-Ambiente e Urbanismo (Semurb), Marcelo Toscano. A audiência também contou com a presença de representantes do Ministério Público, Idema, Ibama, UFRN, Conselho de Habitação (Conshab) e sociedade civil.
A construção do túnel de drenagem no entorno da Arena das Dunas, obra de grande importância para a cidade, levou a Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) a contratar os estudos ambientais, atendendo a uma solicitação do Ministério Público. A obra em si está orçada em R$ 194 milhões e será viabilizada por meio de um convênio com a Caixa Econômica Federal, através do programa do governo federal PAC 2. 
Em sua participação na audiência, o prefeito Carlos Eduardo pediu agilidade no andamento da documentação, pois quer que as obras sejam iniciadas nas próximas semanas. Ele observou que Natal é a única das 12 cidades sede que ainda não iniciou uma obra sequer da Copa do Mundo. “Nós estamos no limiar de um tempo que a gente precisa começar ou dizer porque não sabemos como começar”, frisou. “É preciso correr contra o tempo porque a Copa é uma oportunidade única e não se sabe quando Natal terá outra oportunidade igual”. 
O Túnel da Arena das Dunas vai interligar o sistema de drenagem das águas pluviais entre as zonas Sul e Oeste da capital. A meta é eliminar as enchentes dos bairros de Lagoa Nova, Nova Descoberta, Dix-Sept Rosado, Candelária, Bom Pastor, Cidade da Esperança e Nazaré. Além de urbanizar as lagoas do Centro Administrativo, Lagoa de São Conrado, lagoas da Cidade da Esperança, Lagoa dos Potiguares, Lagoa do Preá e reservatório de primeiras chuvas. Esta obra visa a resolver 23 pontos críticos de alagamentos em diversas ruas das zonas Sul e Oeste. 
A apresentação do estudo ambiental foi feita por Leonlene de Sousa Aguiar, geógrafo da Start Pesquisa e Consultoria, empresa responsável pelo levantamento. Segundo ele, a obra viável ambientalmente é necessária para a cidade, na medida em que proporcionará uma melhoria nas águas que atualmente são lançadas no Rio Potengi. “A diferença é que hoje o sistema funciona com bombas e no novo projeto a água passará a escoar por gravidade, evitando os alagamentos constantes em períodos chuvosos”.
Esse estudo, que substitui o anterior feito do tipo simplificado, obtendo restrições da sociedade civil, apresenta uma série de pontos que justificam a sua viabilidade. Entre eles, a área de influência, que foi expandida para contemplar também a parte do estuário, local onde vai cair a água da drenagem. Também é superior pelo estudo feito na qualidade da água do Rio Potengi. “Pretendemos saber se ele suporta receber novas águas”, frisou Leonlene. O geógrafo acrescenta o levantamento de medidas que devem ser tomadas para minimizar os possíveis impactos, como a urbanização das lagoas envolvidas e a readequação do reservatório das primeiras chuvas, para evitar supressão vegetal.

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