Lonely Planet mostra o encanto do sul da França



Revista traz as tradições rurais de Provence e a glamorosa Côte d’Azur da França.

Fora o charme de Paris, a França também conta com a região sul onde as terras são dominadas por plantações cheirosas e o litoral é banhado por um mar azul sem fim que convidam a inúmeras horas de prazer. Essa França pode ser vista na matéria de capa da Lonely Planet Brasil, de dezembro, que vai além do passeio turístico, uma região sob o ponto de vista que poucos conhecem.

A começar pela sobremesa que pode ser encontrada na Cidade Velha, em Nice, em que há potes de sorvetes com sabores diferentes – como cactos, pão-de-mel e cerveja – da Fenocchio.

Além de saborear esse doce na região sul, em Gorges Du Verdon, pode-se desbravar as duas estradas panorâmicas que correm pelas margens norte e sul do maior cânion da Europa. Embaixo nesta região, os viajantes podem passear de canoa pelas grandes aberturas do Cânion.

O sol da França: Nice é a quinta maior cidade francesa e é conhecida por ser o lugar mais ensolarado do país. Alguns pintores como Picasso e Matisse foram para esse local por causa da luminosidade. Além do sol, outra coisa intensa em Nice é a diversidade de nuances como nos potes de sorvetes com sabores diferentes (cactos, pão-de-mel e cerveja). Em frente a famosa sorveteria Fenocchio, há casas cujas janelas parecem imitar as cores dos sorvetes. Até mesmo na Catedral de Sainte-Réparate os tons das paredes chamam a atenção.
Mas, apesar de certa simplicidade, a região é exuberante e, muitas vezes, espalhafatosa. Na Promenade des Anglais, que acompanha a curva suave da baía, ela se exibe. Sob as tamareiras o sol reina mais de 300 dias por ano; o cheiro de óleo de coco emana dos corpos que desfilam bronzeados na praia; corredores, ciclistas, patinadores e moradores passeiam com seus cachorros; e o movimento só termina depois que a noite cai.

Vista gloriosa: A costa leste de Nice desaba abruptamente sobre o mar e, nos tempos medievais, suas vilas foram tomadas por nativos que buscavam proteção contra os piratas e exércitos saqueadores. Mas, a partir do século 19, a sedução da Riviera transformou esse litoral e engenheiros construíram três rodovias cinematográficas que correm paralelas pela região: a Corniche Inférieure ou Basse Corniche, à beira-mar; a Moyenne Corniche, no meio da encosta; e a Grande Corniche, no alto. Ao deixar Nice pela Moyenne Corniche, a vista arrebata o viajante: o mar sem fim eternamente azul e as mansões cheias de jardins dominam a paisagem.
As três estradas encontram-se em Roquebrune, o vilarejo mais colorido das montanhas e povoado de casas que miram o oceano. Fotografias datadas da década de 20 nas paredes externas das casas mostram que nada mudou. Os iates e as butiques de Mônaco ficam a menos de 7 quilômetros de distância.

Catedral a céu aberto: Se os falcões têm a melhor vista das Gorges du Verdon, os homens podem desbravar as duas estradas panorâmicas que correm pelas margens norte e sul do maior cânion da Europa. As gargantas cortam encostas verdes que já formaram o leito de um mar tropical, porém, com o deslocamento dos continentes, ganharam outra paisagem.
Ao admirar os penhascos, a sensação é de estar em uma catedral a céu aberto. Quando a tarde avança e restam poucos barcos na água, as águias cortam o céu e voltam pra seus ninhos e os morcegos, os Martins-pescadores e as andorinhas se acomodam nos penhascos. Há ainda quem diga que as cabras-montesas e os linces também passeiam por ali. 

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