Comissão para discutir metodologia de pesquisa foi criada entre governo e empresários do setor
Ricardo Domingos, diretor executivo do Resorts Brasil (à esquerda); presidente da Embratur, Flávio Dino (ao centro da mesa); Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem -FBHA (à direita); e, Roberto Rotter, presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil -FOHB
O
presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Flavio Dino,
se reuniu hoje, 31, com representantes do setor hoteleiro para
apresentar a Pesquisa
Internacional de Preços da Hotelaria. O Instituto passou a monitorar
os preços depois da Rio+20 , em junho do ano passado, quando foi
verificado um aumento nas diárias dos hotéis.
“Todo
turista, brasileiro ou estrangeiro, quer bons serviços a preços justos e
é isso que precisamos garantir”, afirmou Flávio Dino.
Na
reunião foi criada uma comissão de trabalho entre o governo federal e
entidades do setor privado com objetivo discutir e desenvolver, a partir
de agora, novas
metodologias de pesquisa de preços. “A ideia é conversarmos com setor e
fazer um pacto que garanta à população os legados prometidos para a
Copa de 2014 e grandes eventos”, disse Dino. A comissão terá o primeiro
encontro em março.
Flávio
Dino lembrou que o Governo Federal já diminuiu impostos do setor
hoteleiro com o programa Brasil Maior. Os hotéis foram contemplados com
a eliminação
da contribuição patronal ao INSS, de 20%, que será substituída pela
alíquota de 2% sobre o faturamento das empresas. “O Governo já fez sua
parte e deu o primeiro passo. Nós captamos os eventos e garantimos a
infraestrutura necessária. Nada mais justo agora
que o setor privado seja maleável”, ressaltou o presidente.
Outra
medida do Governo Federal que contribuiu para baixar os custos do setor
hoteleiro foi a redução da tarifa de energia elétrica em até 32% para o
comércio
e a indústria, anunciada recentemente pela presidenta Dilma Rousseff.
Com
a proximidade dos megaeventos como a Copa das Confederações, a Copa do
Mundo, a Jornada Mundial da Juventude e os Jogos Olímpicos, o Brasil
está com uma grande
exposição em todo o mundo, mas os preços altos acabam prejudicando a
imagem do país e afetam o setor do turismo.
“Foi
muito válida a reunião, pois entendemos o intuito da Embratur. A
discussão de hoje girou em torno de desenvolver um processo onde
possamos caminhar juntos
para um cenário favorável quando chegarmos aos grandes eventos. Os
preços dos hotéis não podem influenciar negativamente na imagem do
Brasil lá fora”, disse Alexandre Sampaio, presidente da Federação
Brasileira de Hospedagem (FBHA).
“Os
megaeventos são frutos de investimentos de toda a sociedade e cabe ao
governo garantir ganhos para todos. O incremento do turismo em todo o
país é o principal
ganho desses eventos”, explicou Flávio Dino.
A
pesquisa feita pela Embratur por meio de sites de busca especializados
levantou a média tarifária de hotéis em 10 cidades brasileiras e as
comparou com 10
cidades no exterior. Também levou em consideração os turistas que
viajam a Negócios e Lazer. Foram utilizados os seguintes parâmetros:
tempo entre a data da consulta e o início da hospedagem, período de
estada, destinos pesquisados no Brasil e destinos pesquisados
no exterior. Além disso, foram catalogados os dados referentes às
acomodações de três categorias: econômico, médio e alto conforto levando
em consideração a menor tarifa encontrada para cada hotel.
“Como
o governo federal já fez a sua parte reduzindo impostos e energia
elétrica, fazemos agora um apelo ao setor para que não tenha um
incremento nos preços
antes, durante e depois dos megaeventos”, ressaltou Flávio Dino.
Também
marcou presença no encontro, Roberto Rotter e Flávia Matos, presidente e
diretora executiva do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) e
Ricardo
Domingos, diretor executivo do Resorts Brasil.
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