ABIH-BA DIVULGA NÚMEROS DA HOTELARIA EM SALVADOR NO MÊS DE SETEMBRO



Análise dos dados mostra decréscimo do fluxo de visitantes
para a capital baiana

A hotelaria de Salvador fechou o último mês de setembro com uma ocupação média de 61,6 % e diária média de R$ 189,09. Estes são os resultados da pesquisa Taxinfo, realizada em parceria com a ABIH-BA e ABIH Brasil. Na capital baiana participam da pesquisa 22 hotéis de grande e médio porte, que juntos somam 3.400 apartamentos. Os dados são fornecidos mensalmente pelos hotéis ao Portal Cesta Competitiva e a média resultante constitui indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem na capital.
Os dados de setembro ficaram acima da taxa média de ocupação acumulada de janeiro a julho de 2012 (57,1%) e abaixo da diária média acumulada dos primeiros sete meses do ano (R$ 206,7). Comparando-se os resultados de setembro com o mês anterior, verifica-se taxa média de ocupação e diária semelhantes às de agosto (60,5% e R$ 187,52, respectivamente). A diária media de setembro é cerca de 13% inferior ao mês de julho (R$ 215,87), tradicional período de férias que movimenta a hotelaria.
Comparando-se tais resultados com igual levantamento realizado em outras capitais no mesmo período observa-se que a taxa de ocupação de Salvador de setembro (61,6%) situou-se abaixo da verificada em Aracaju (90,19%), Belo Horizonte (68,09%), Vitória (68,82%) e acima da observada em Brasília (43,89%). No que diz respeito à diária, o valor médio cobrado na capital baiana em setembro (R$ 189,09) revelou-se inferior à média de Aracaju (R$ 202,84), Belo Horizonte (R$ 253,76), Brasília (R$ 237,88) e Vitória (R$ 200,25). Os números da capital mineira referem-se à média apresentada por 17 hotéis, que oferecem 2.500 quartos, enquanto que na capital federal a pesquisa contempla 12 hotéis com 2.600 quartos. Já a vizinha Aracaju tem uma amostra com 8 hotéis que somam 830 quartos.

NÚMEROS REFLETEM DIFICULDADES DE SALVADOR
Segundo José Manoel Garrido, presidente da ABIH-BA, tais indicadores refletem as dificuldades enfrentadas pelo turismo em Salvador. Por conta desses entraves, a cidade não consegue aproveitar o bom momento do mercado de viagens doméstico, impulsionado pelo aumento da renda e dinamismo econômico interno. Essa constatação é ratificada pelos dados divulgados pela Infraero, que mostram o decréscimo do fluxo de visitantes para a capital baiana. De acordo com a Infraero, Salvador diminuiu sua participação no total de passageiros de 5,5% em 2009 para 4,7% em 2011 e 4,5% até agosto de 2012.
“Espera-se que o início da nova gestão municipal seja acompanhada por obras de requalificação da orla atlântica, dos pontos de principal interesse turístico, dos parques metropolitanos, segurança, dentre outras iniciativas imprescindíveis para devolver a Salvador o papel que lhe cabe dentre as capitais turísticas do país com maior potencial de desenvolvimento”, declara Garrido.

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