Masc recebe exposição inédita de C. Ronald


A partir do dia 19 de setembro de 2012, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Centro Integrado de Cultura, receberá a exposição Pinturas e Esculturas do poeta C. Ronald. A mostra inédita seguirá aberta à visitação até 28 de outubro com entrada gratuita. Ainda na noite de abertura, será lançado o mais recente livro de C. Ronald, Bichos procuram buracos em paredes brancas (Bernúncia Editora).

"São trabalhos produzidos esporadicamente desde sua adolescência", explica a curadora da exposição e também artista plástica Juliana Hoffmann. "Cresci vendo seus quadros e ouvindo suas conversas sobre literatura, artes plásticas, música, filosofia... Quando sugeri fazer uma exposição de sua obra plástica, a resposta foi 'Não, não sou artista plástico'. Depois de algumas conversas, trocas de ideia, finalmente essa exposição inédita estará aberta ao público do Masc", relembra Juliana.
Ainda dentro do espaço expositivo do Masc, a artista plástica e Maurício Muniz organizam uma exposição de obras táteis, destinada a deficientes visuais. Dia 4 de outubro, 15h, na claraboia do Masc,  também haverá encontro com escritores curadores e poeta.

Sobre C. Ronald - Carlos Ronald Schmidt, considerado o maior poeta da atualidade brasileira, nasceu em 1935 em Florianópolis, no estado de Santa Catarina. Como escritor, sua carreira começou em 1956, aos 21 anos, quando passou a colaborar com o jornal O Estado, de Florianópolis. Em 1957 assinou, entre outros, o Manifesto do Grupo Litoral.

Formado em Direito em Florianópolis, foi advogado e juiz, tendo atuado em várias comarcas de Santa Catarina. A estreia oficial do poeta em livro se dá em 1971, com As Origens. Em 1981, aos 46 anos, passou a colaborar com o suplemento Cultura do jornal O Estado de São Paulo. Em 1996 recebeu o Prêmio Gama D’Eça pelo conjunto da obra - sua vasta produção compreende a publicação de 16 livros entre os anos de 1971 e 2012. Em 2011, C. Ronald  recebeu o prêmio da Academia Catarinense de Letras, também pelo conjunto da obra.

Entre seus livros publicados estão ainda Ânua (1975), Dettagli dell’assenza (1975), Dias da terra (1978), Gemônias (1982), As coisas simples (1986), Como pesa! (1993), Acadeira de Édipo (1993), Cuidados do acaso (1993), Todos os atos (1997), Ocasional glup (1999), A razão do nada (2001), Os sempre (2003), Caro Rimbaud (2006) e Um Lugar Para os Dias (2008).

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