Governador Eduardo Campos inaugura o
Centro de Artesanato de Pernambuco nesta terça-feira (25), às 16h, com acervo
de 16 mil peças com o melhor do artesanato e da arte popular do estado
O Centro de Artesanato de Pernambuco –
Cape, instalado no Armazém 11 ao lado do Marco Zero, será inaugurado
pelo governador Eduardo Campos, nesta terça-feira (25), às 16h. Com
investimento de R$ 6,5 milhões e uma área construída de 2.511 m², o espaço,
considerado o maior do segmento no Brasil, contará com 16 mil peças de 500
artesãos de todas as regiões de Pernambuco para comercialização, auditório
climatizado com 120 lugares, área de exposições, mostra permanente de obras
premiadas na Feira Nacional de Negócios do Artesanato - Fenearte, setor
administrativo, além do Bistrô & Boteco com capacidade para 400 pessoas.
O Cape é mais uma ação integrada do Governo do Estado,
através da Diretoria de Promoção da Economia Criativa da Agência de
Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – AD Diper, funcionando como
ponto de convergência entre todas as iniciativas do Programa do Artesanato de
Pernambuco – PAPE, como a Fenearte, a Unidade Móvel do Artesanato e as diversas
feiras realizadas no Brasil. A sua abertura também marca a primeira etapa
concluída do projeto de reforma do Porto do Recife.
Segundo o diretor de Promoção da Economia Criativa da AD
Diper, Roberto Lessa, além da comercialização, o espaço tem como objetivo
estimular a economia pernambucana e valorizar o trabalho dos artesãos
e artistas populares locais. “O Centro de Artesanato vai proporcionar um
contato direto entre artesãos e público, criando ocupação e renda para nossos
artistas. Além de preservar a cultura da tradição artesanal, o Cape será um
importante equipamento de turismo para o Recife e o estado”.
Com projeto arquitetônico assinado por Carlos Augusto
Lira, o Centro de Artesanato traz também ambientes decorados para que o
visitante possa visualizar a utilização de peças artesanais em espaços como
estar, sala de jantar, quarto, entre outros, através de um olhar contemporâneo.
A fachada voltada para a Torre Malakoff chama atenção com painéis pintados pelo
artista grafiteiro Galo de Souza.
A área da loja ocupa 1.000 m² e é divida em sete setores:
mestres, souvenires, artesanato contemporâneo, cestaria, têxtil, trabalhos
manuais e brinquedos populares. Para facilitar a localização, paredes pintadas
com cores fortes identificam cada um dos espaços. Na entrada, o destaque fica
por conta das peças de importantes mestres artesãos pernambucanos como Manoel
Eudócio, Nuca, Ana das Carrancas, Lula Vassoureiro, Marliete, Roberto Vital,
Fida, Thiago Amorim, Nado, Miro, José Veríssimo, Luiz Benício, J. Borges,
Nicola, entre tantos outros.
Oito consultores de venda bilíngues receberam capacitação
em diversas áreas como cultura popular e técnicas de comercialização para bem
atender aos visitantes. Inglês, espanhol, francês e italiano são os idiomas
dominados pela equipe. Além disso, três caixas serão disponibilizados na loja.
O fardamento leva assinatura de Melk Zda, numa parceria do estilista com o
grupo Mulheres de Argila, formado por artesãs do Alto do Moura que utilizam
resíduos de jeans nas suas criações.
Ao lado do auditório foi montada uma galeria de arte para
exposições temporárias, coordenada pela Secretaria de Cultura do Estado. O
Centro também abrigará uma mostra permanente com peças premiadas da Galeria de
Reciclados e Salão de Arte Popular da Fenearte, desde 2007. O complexo do
Bistrô & Boteco, além de oferecer um cardápio recheado de opções
da culinária, também contará com um café e uma sorveteria.
O Cape é o segundo Centro de Artesanato de Pernambuco. Há nove
anos, Bezerros conserva um museu e uma loja
com acervo de sete mil peças de diversos municípios. Localizado às margens da
BR-232, trata-se de um dos mais importantes pontos culturais e turísticos da
região Agreste.
EXPOSICÃO TRADIÇÃO/TRADUÇÃO
Na abertura do Centro de Artesanato de Pernambuco, o espaço da
galeria de arte, coordenada pela Secretaria de Cultura, recebe a exposição
Tradição/Tradução com obras de quatro grandes artistas contemporâneos de nosso
estado: Marcelo Silveira, Joelson, Cristina Machado e Derlon. Em cartaz até o
dia 25 de novembro, a mostra traz trabalhos elaborados com materiais comuns na
confecção de artesanato como couro, madeira e argila. Para Márcio Almeida,
coordenador da exposição, a ideia é propor um diálogo entre o artesanato e a
arte contemporânea e quebrar barreiras entre os dois universos.
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