Ministro defende postura agressiva para atrair turistas internacionais

Orlando Silva, ministro dos Esportes, participou com empresários e especialistas do lançamento do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomercio

Hoje o setor de turismo representa 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e 2,9% de toda a riqueza gerada no mundo. Com a chegada da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o setor deve passar por um forte processo de expansão, mas para que isso aconteça o Brasil deve superar as dificuldades atuais para atender a demanda de turistas e atrair mais investimentos nos próximos anos.

Para debater os eventos esportivos de 2014 e 2016 e a perspectiva do setor de turismo e negócios no País, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), realizou na manhã desta quinta-feira, o debate “Turismo e Negócios: Competitividade, desafios e oportunidades para a próxima década”. A oportunidade também marcou o lançamento do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomercio, presidido por Jeanine Pires e reuniu representantes de diversos segmentos do turismo no Brasil.

“Após as Olimpíadas de Londres, em 2012, o mundo vai voltar os olhos para o Brasil e haverá inúmeras oportunidades de negócios”, afirma Jeanine. “Mas para isso, precisamos entender como vamos projetar as marcas brasileiras com a chegada dos eventos esportivos”, completa. Para o ministro do Esporte, Orlando Silva, tanto nas Olimpíadas quanto na Copa do Mundo de Futebol “a atividade turística deve ser um de três pilares no Brasil na execução desses eventos, juntamente com a promoção dos valores socioculturais e a exploração das atividades comerciais”, afirma o ministro.

De acordo com o ministro do Esporte, o setor de turismo e negócios no Brasil deveria ser explorado de forma mais ostensiva. “Defendo um trabalho agressivo para a ‘sedução’ de turistas internacionais, porque nenhum outro país tem tantas possibilidades no campo do turismo como no Brasil”, garante Orlando Silva. O empresário João Dória Júnior, que criticou a atual gestão do Ministério do Turismo, ressalta que “as Olimpíadas e a Copa do Mundo são as maiores oportunidades da história do turismo deste País e não teremos outra oportunidade como essa, pelo menos, nos próximos 50 anos”.

O ex-ministro do Turismo e da Secretaria de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, também lembra que “o turismo é um dos setores que mais geram empregos no mundo”. Atualmente, o segmento é responsável por mais de 2,8 milhões de ocupações diretas no Brasil e a perspectiva é que, em 2021, o número ultrapasse a marca de 3,5 milhões de vagas.

Por fim, o setor de turismo e negócios no País tem uma grande oportunidade para se consolidar como um dos pilares mais importantes do PIB brasileiro no futuro. Para isso, as esferas governamentais e a iniciativa privada devem atuar em conjunto e investir em infraestrutura aeroportuária e hoteleira, além de acelerar a capacitação profissional para aproveitar as vantagens que apenas a sede de uma Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos podem oferecer.

Sobre a Fecomercio
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Responsável por administrar, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes e congrega 152 sindicatos patronais que respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.

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