Estudo inédito da Economist Intelligence Unit aponta os principais desafios para o Brasil

Patrocinado pelo HSBC, análise indica caminhos que o País deve seguir na próxima década para se tornar um dos mercados mais atrativos do mundo e alcançar um crescimento sustentável do PIB acima de 5% por ano

Como parte do HSBC Festival Brazil, celebração internacional dos negócios e da cultura brasileira e do HSBC Global Culture Exchange Programme em 2010, o HSBC está divulgando hoje, 26 de julho, o estudo Brazil unbound: How investors see Brazil and Brazil sees the world, feito pela Economist Intelligence Unit (EIU), do grupo The Economist. O estudo, realizado com 536 executivos seniores em todo o mundo, revela como os investidores enxergam o Brasil e como o país se posiciona mundialmente.

O estudo reconhece as conquistas brasileiras nos últimos 15 anos, o que inclui privatizações bem-sucedidas, uma nova moeda estável – após a introdução do real em 1994 –, um aumento vigoroso da demanda global pelas suas abundantes reservas de commodities e a significativa expansão de comércio bilateral com a China, que aumentou mais de 50% desde 2007.

A análise também identifica como os quatro principais desafios para o País, educação, infraestrutura, inovação e reconhecimento internacional, áreas nas quais o Brasil ainda precisa realizar progressos para atingir todo o seu potencial como nação. Segundo Justine Thody, diretora da EIU, “caso estes desafios possam ser trabalhados na próxima década, a economia poderá sustentar taxas de crescimento anual acima de 5% durante um longo período, em uma economia de classe média e população de 200 milhões de habitantes, o que formaria um dos mercados mais atraentes do mundo”.

De acordo com Andre Loes, economista-chefe do HSBC no Brasil, “os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil durante a próxima década. A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos serão as atrações mais próximas, mas estes eventos vão estimular o potencial de crescimento sustentável e de longo prazo identificado pela EIU”. O documento ressalta o atual otimismo com a forte posição do Brasil atualmente e suas perspectivas. Contudo, os quatro desafios devem ser trabalhados para que o País atinja o seu potencial máximo. “Nós reconhecemos a importância da educação, infraestrutura, inovação e do reconhecimento global, como pontos de desafios, que não devem ser obstáculos para o Brasil moderno, focado no crescimento e na economia”.

A questão da infraestrutura aparece como o primeiro item da lista de desafios para os investidores, segundo a EIU. Quase metade dos entrevistados (49%) afirma que “padrões de baixa qualidade ou custos elevados de infraestrutura” são os principais obstáculos operacionais. Apesar de alguns avanços em logística, o transporte é caro e a malha rodoviária insuficiente. Também existem poucas ferrovias e o potencial do transporte marítimo continua sendo extremamente inexplorado, com portos e aeroportos que já estão congestionados. Estas condições podem aumentar em um quarto ou mais o preço para levar os produtos aos seus respectivos mercados, segundo os investidores. A solução, ainda com base na análise, é prover uma melhor infraestrutura considerando soluções coordenadas entre diferentes esferas governamentais e do setor privado.

No sistema educacional, as principais fraquezas estão na formação para o mercado de trabalho. Embora muitos formandos de universidades brasileiras sejam percebidos como de primeira classe, há poucos deles. Educação e recursos pobres durante o nível secundário fazem com que os estudantes deixem as escolas entre os menos instruídos em todo o mundo. As empresas descobrem que elas devem preencher os lapsos de habilidades com treinamentos próprios. Pelo menos um terço dos investidores entrevistados diz que a falta de capacitação representa um dos principais problemas operacionais, com quase metade (47%) das companhias americanas apontando este como o principal desafio do Brasil.

A classificação do Brasil também é baixa na maioria dos rankings de inovação e análises mais aprofundadas sugerem que mesmo os atuais pequenos investimentos em inovação poderiam produzir resultados significativamente melhores. O investimento em inovação é considerado relativamente baixo e insuficiente, mas de acordo com a análise, produziu avanços considerando “tecnologias verdes”. Cerca de 57% dos entrevistados brasileiros não têm um programa de pesquisa e desenvolvimento (‘R&D’) ou sequer planos para criar um em breve no País. No entanto, metade (49%) dos entrevistados descreve como “muito boa” ou “excelente”, a capacidade dos negócios baseados no Brasil de se integrarem com as últimas tecnologias internacionais.

Isso indica que melhor educação, infraestrutura e investimentos em pesquisas e desenvolvimento (P&D), além de relações mais próximas entre empresas e universidades, resultariam automaticamente em impactos positivos em inovação. Dito isso, os negócios já ultrapassaram barreiras, desenvolvendo tecnologias ambientais e agrícolas que hoje já estão sendo exportadas para todo o planeta.

O reconhecimento internacional das empresas brasileiras está melhorando, principalmente na China. Mas o estudo mostra que as empresas brasileiras ainda sofrem com baixo reconhecimento em outros países. Exceto algumas empresas muito conhecidas, as marcas brasileiras ainda falham neste quesito: 84% dos entrevistados afirmaram que marcas brasileiras não são muito reconhecidas ou muito consideradas em outros países. Apenas 3% dos entrevistados americanos acreditam que as marcas brasileiras são altamente reconhecidas e consideradas. Contudo, a percepção das marcas brasileiras entre os entrevistados chineses muda, com quase um quarto dos respondentes (24%) recebendo os produtos brasileiros deforma acalorada.
O material completo pode ser obtido no endereço www.hsbc.com/culturalexchange.

1 – Sobre o relatório
Brazil unbound: How investors see Brazil and Brazil sees the world é um estudo da Economist Intelligence Unit (EIU), patrocinado pelo HSBC. O estudo é baseado em entrevistas com especialistas e analistas, previsões da EIU e entrevistas com executivos de 536 companhias de 18 setores, entre abril e maio de 2010. Cerca de um terço dos entrevistados estão no Brasil, 11% na América Latina, 20% na Ásia, 15% na América do Norte e 12% na Europa Ocidental. Cerca de 41% das companhias obtiveram faturamento anual superior a US$ 500 milhões e 22% acima de US$ 1 bilhão. Em termos de senioridade, 58% dos respondentes são autoexecutivos ou membros dos conselhos de administração das empresas.

2 – Programa de Intercâmbio Cultural do HSBC
O HSBC estimula o entendimento e a aceitação de diferentes culturas de todo o mundo via seu Programa de Intercâmbio Cultural. Como provedor internacional de serviços financeiros, o HSBC trabalha com os seus clientes em 88 países ao redor do planeta, reforçando a troca de idéias entre diferentes culturas para gerar e fortalecer relações de negócios. Desde o seu lançamento em 2008, o programa englobou culturas (no sentido mais amplo do termo) em mais de 25 países: de artes à culinária, de linguagem à literatura e dança, arte de rua e todos os tipos de música. www.hsbc.com/culturalexchange. Em 2010, o foco do Programa é “O Brasil, celebrando a nação que deverá ser a quinta maior economia do mundo até 2025”.

Brazil unbound: How investors see Brazil and Brazil sees the world faz parte do HSBC Festival Brazil, uma celebração internacional da cultura e da economia brasileira. O foco dessa celebração é o Festival Brazil, no Southbank Centre – um festival de três meses com o melhor da música, teatro, literatura e artes visuais do Brasil criado em parceria com o HSBC

3 – HSBC Holdings
HSBC Holdings, controladora do Grupo HSBC, está sediada em Londres. O Grupo atende clientes em todo o mundo, com cerca de 8 mil escritórios em 88 países e territórios na Europa, Ásia, Américas, Oriente Médio e África. Com ativos totais de US$ 2,4 trilhões em dezembro de 2009, o HSBC é um dos maiores bancos do mundo. Também é conhecido globalmente como o “banco local do mundo”.

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