PRÉDIO HISTÓRICO VAI ABRIGAR ESPAÇO DE CELEBRAÇÃO DO FREVO NO RECIFE

No dia 26 de outubro será realizado um evento para formalizar as parcerias para criação do Paço do Frevo, um espaço dedicado à celebração e valorização dessa manifestação cultural que é um dos principais ícones da identidade pernambucana. O Paço se tornará uma referência cultural, arquitetônica e histórica não só de Pernambuco, mas também de todo o país, contribuindo para perpetuar a riqueza desse patrimônio cultural e imaterial brasileiro.



O projeto está orçado em R$ 8,7 milhões e é uma iniciativa da Prefeitura de Recife, com realização da Fundação Roberto Marinho; patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da em Empresa de Turismo do Governo de Pernambuco; e apoio do Grupo Camargo Correa, da Celpe – Grupo Neoenergia – e do Ministério da Cultura e Lei de Incentivo à Cultura.Participam do lançamento o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos; o prefeito de Recife, João da Costa; o secretário municipal de Cultura, Renato L; o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho; o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto;



O Paço do Frevo terá sua museografia assinada pela artista Bia Lessa e será um centro difusor do frevo e da cultura pernambucana e também um ponto de encontro de profissionais e do público em geral. A idéia é estimular o aprendizado do frevo, de sua história, música e dança e promover ações educativas, com a realização de oficinas, exposições e apresentações especiais. Reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como patrimônio cultural e imaterial do Brasil, o frevo comemorou 100 anos em 2007. “O Frevo finalmente ganhou um espaço capaz de abrigar o seu riquíssimo passado, dialogar com o seu presente cheio de vitalidade e ajudar na construção de um futuro ainda mais caloroso” – comentou João da Costa, prefeito do Recife.



“Com a criação do Paço do Frevo, a Fundação Roberto Marinho pretende promover a valorização do frevo e incentivar que a população assuma cada vez mais a sua preservação”, afirma Lúcia Basto, gerente-geral de Patrimônio da instituição.



O edifício de arquitetura eclética que vai abrigar o Paço do Frevo será totalmente recuperado. Com quatro pavimentos e 1.733m², o imóvel fica no Bairro do Recife e faz parte do complexo turístico das cidades do Recife e de Olinda, tombado pelo IPHAN desde 1998. Até 1973, nele funcionava a sede da Western Telegraph Company.



O projeto prevê a restauração das fachadas do prédio e a adaptação dos seus espaços internos. No térreo, haverá um bar e uma loja integrados; uma biblioteca; sala de consulta; e sala de exposições temporárias, entre outras áreas administrativas.

O primeiro pavimento será dedicado à música. Nele, haverá salas de ensaio e um estúdio de gravação. O segundo será exclusivo para dança, com salas de aula e ensaio; e oficinas de figurino e de cenário. No último andar, o público terá a oportunidade de conferir uma exposição permanente; assistir a espetáculos de música, dança e vídeos sobre o frevo.



O Frevo

O Frevo surgiu no Recife há mais de 100 anos. Seu nome vem de “ferver, fervura” e resume bem o entusiasmo e a paixão de seus dançarinos. Derivado da uma gama de ritmos que vão desde o schottisch austríaco e da polca até o dobrado e a marcha, foi inicialmente chamado "marcha nortista" ou "marcha pernambucana" e nos primórdios trazia capoeiristas à frente do cortejo. Até as sombrinhas coloridas, usadas nos passos de dança, seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas.

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