Projeto que acaba de ser lançado prevê arrecadar R$ 25 milhões em investimentos no Vale dos Vinhedos. A Vinícola Miolo é parceira do empreendimento para o processo de cultivo e vinificação.
O
primeiro condomínio vitivinícola com serviços cinco estrelas e
Denominação de Origem do Brasil acaba de ser lançado no mercado. O Spa
do Vinho, premiado complexo enoturístico do Vale dos Vinhedos, agora
abre seus vinhedos para enófilos que desejam cultivar e produzir seu
próprio vinho com a única Denominação de Origem do Brasil – a do Vale
dos Vinhedos. A expansão do negócio prevê levar R$ 25 milhões em
investimentos e uma nova atividade econômica ao Vale dos Vinhedos.
Inaugurado
em 2007 no coração da principal região produtora de vinhos finos do
país, o Spa do Vinho ingressa em uma nova etapa – além de luxury-hotel,
spa vinoterápico e centro de eventos enogastronômicos, o complexo acaba
de fundar uma confraria dedicada à produção de vinhos em sistema de
condomínio. “Esta ampliação do negócio específico do Spa do Vinho, de
hotel para condomínio vitivinícola, já era uma meta desde quando
assumimos o complexo, no entanto sabíamos que exigiria um longo período
de maturação. Estamos na décima safra do nosso vinhedo, produzindo um
vinho de comprovada qualidade, o hotel consolidou-se com um dos vinte
melhores do país em seu segmento, o Spa Caudalie segue ganhando prêmios e
temos uma bandeira internacional dentre os mais exclusivos luxury-hotels da Marriott. É o momento certo para a ampliação”, relata o sócio-diretor Aldemir Dadalt.
Fazendo o próprio vinho
Agora
sob o título de Spa do Vinho Hotel & Condomínio Vitivinícola, o
empreendimento traz um novo modelo econômico ao Vale dos Vinhedos.
Destaque no cenário turístico nacional, foi eleito “Melhor Spa do
Brasil” (Prêmio Viagem & Turismo 2011/2012) e chancelado pela
Marriott International como único representante do país do selo
“Autograph Collection”, uma seleta rede de hotéis independentes
escolhidos por sua excelência e exclusividade. Esta trajetória
consistente permitiu à Harvest, sócia-operadora do Spa do Vinho, evoluir
para um conceito ainda mais completo de enoturismo, no qual o enófilo
não apenas visita o terroir, mas tem oportunidade de nele cultivar e
produzir seu próprio vinho.
O
projeto foi desenvolvido pela sócia-diretora Deborah Villas-Bôas Dadalt
a partir de condomínios vitivinícolas de sucesso em tradicionais
regiões vinícolas como Napa Valley e Mendonza. “Podemos dizer que esta
será a ultimate experience para os amantes do vinho, uma
oportunidade real de acompanhar o cultivo, colher, vinificar, rotular e
levar para casa seu próprio vinho premium, com denominação de
origem”, explica Deborah. Uma reunião de investidores, realizada esta
semana no próprio hotel (fotos anexas), instituiu oficialmente o
condomínio.
As
principais diretrizes desta nova etapa do empreendimento são claras – a
experiência de produzir o vinho pode ser tão elegante e prazerosa
quanto a de degustá-lo. Assim, quem se torna membro desta exclusiva
confraria adquire não apenas um lote de vinhedo, mas também um
apartamento ou suíte no hotel, com direito a toda mordomia de um cinco
estrelas world class, como a prestigiada revista americana Wine Enthusiast classificou o Spa do Vinho no ano passado.
Cada cota do Lote 41 custa R$ 350 mil por ano. Vinte já foram adquiridas, especialmente por empresários da região Sudeste do país. A expectativa é incorporar outros 40 confrades até o final do ano, finalizando a capacidade para os atuais 1,5 hectare de vinhedo da variedade Merlot, com 10 anos de cultivo. Nos próximos cinco anos, a ideia é chegar a 13 hectares, permitindo a entrada de novos sócios – limitados a 120 no total – e incluindo todas as uvas autorizadas pela D.O. Vale dos Vinhedos (Chadonnay, Pinot Noir e Cabernet Franc, além da Merlot). Nesta etapa, os sócios também poderão elaborar vinhos brancos e espumantes também. Hoje, só é possível vinho tinto.
Café da manhã à francesa, centro de eventos de última geração, galeria de arte, spa francês de vinoterapia, dois restaurantes gourmet e uma esplendorosa adega – a maior dentro de um hotel no país, com capacidade para 40 mil garrafas e acervo de mais de 600 rótulos – são alguns dos diferenciais que os novos vitivinicultores terão à sua disposição enquanto cuidam de seus vinhedos certificados. Cada proprietário tem pelo menos quatro semanas de cortesia no hotel para garantir sua presença em cada uma das etapas da vitivinicultura, nas diferentes estações do ano. Mas este período pode ser ampliado sempre que desejar, pois todas as áreas do complexo oferecem tarifas diferenciadas para os membros da Confraria Spa do Vinho, além de uma programação mensal de degustações, palestras técnicas e visitas à vinícolas.
Miolo
Sócia fundadora do Spa do Vinho, a Vinícola Miolo será a principal parceira do empreendimento para o processo de cultivo e vinificação. Esta cooperação já é histórica, pois os enólogos Adriano Miolo e Michel Roland – consultor da vinícola durante anos – criaram com Aldemir Dadalt o VE, o tinto 100% Merlot premiado como um dos melhores do Vale dos Vinhedos e vendido unicamente no hotel.
Sócia fundadora do Spa do Vinho, a Vinícola Miolo será a principal parceira do empreendimento para o processo de cultivo e vinificação. Esta cooperação já é histórica, pois os enólogos Adriano Miolo e Michel Roland – consultor da vinícola durante anos – criaram com Aldemir Dadalt o VE, o tinto 100% Merlot premiado como um dos melhores do Vale dos Vinhedos e vendido unicamente no hotel.
Através do condomínio, os proprietários podem vinificar seu lote do parreiral em parceria com a vinícola de sua opção pessoal, recebendo anualmente a quantidade correspondente à fração ideal de sua unidade – com mínimo de 10 caixas (60 garrafas) por safra vinificada – e podendo escolher o estilo do vinho e fazer uma rotulagem própria. Os membros da Confraria Spa do Vinho também podem comercializar seus vinhos, o que é interessante para aqueles que possuem diversas unidades e consequentemente produzirão centenas de garrafas ao final de cada safra. O Merlot VE 2005, por exemplo, é comercializado a R$ 400,00 a garrafa.
Além
do valor do apartamento, o único gasto dos novos vitivinicultores é a
taxa mensal de condomínio (no valor de R$ 4 mil) destinada à conservação
e manutenção da unidade e do vinhedo (incluindo toda a vinificação,
barricas de carvalho francês, garrafas, rolhas e trabalhos da vinícola
parceira), que inclusive pode não ser cobrada. Isto porque durante as
semanas em que o proprietário não o utiliza, o apartamento permanece à
disposição do pool do hotel, destinado a hóspedes e participantes de
eventos. Diferenças entre o resultado positivo e a taxa de condomínio
são rateadas e distribuídas mensalmente em forma de rendimentos para os
proprietários. “Cultivar um magnífico terroir, produzir um vinho de
excelência e ainda ter a possibilidade de receber rendimentos mensais é
uma equação atraente até para quem não é um enófilo inveterado”, comenta
o CEO Adriano Miolo. Ele sabe muito bem do que fala, pois há anos
coordena um projeto pioneiro da Miolo para vitivinicultores iniciantes
chamado “Winemakers”, reunindo enófilos de vários estados brasileiros.
Copa do Mundo
Às
vésperas da Copa 2014, o Spa do Vinho renovou-se completamente para
honrar o contrato firmado com A FIFA, através da Match, para abrigar
delegações e turistas estrangeiros. Com 12.500 m2 de área construída, no
alto da colina do Lote 41 da Linha Leopoldina, seus vinhedos já têm capacidade para produzir mais de 10 mil garrafas de Merlot D.O. a cada safra.
A partir deste mês, com a ampliação de suas atividades, o Spa do Vinho torna-se pioneiro em oferecer ao mercado nacional um condomínio vitivinícola com serviços de luxo e produção rateada de vinho com denominação de origem. Com o novo modelo de negócio, o perfil enoturístico de sucesso – que alia marca valiosa, serviços de luxo e bandeira internacional – se mantém e ainda ganha valorização patrimonial, dada a alta demanda do mercado para a as propriedades em condomínios vitivinícolas. “Hoje contamos com duas dezenas de proprietários fundadores, que investiram no empreendimento desde 2007. Para tornar-se um novo confrade é preciso contar com a anuência do conselho, pois buscamos garantir a unidade de interesses e a longevidade do grupo”, informa Dadalt, que já tem em mãos uma lista de espera para a reservas das novas unidades. “Como o preço é convidativo, acredito que possamos rapidamente dobrar o número de vitivinicultores do Vale dos Vinhedos”.
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