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Pesquisa
revela que apenas 11% da população planejam gastos superiores aos de
2012 e que 24% dos entrevistados estão mais endividados. A inflação
lidera a lista dos fatores que definem o valor das compras
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Quarenta por cento dos brasileiros pretendem gastar menos com as
compras de fim de ano em comparação com 2012. Outros 34% devem gastar o
mesmo, e só 11% dizem que os gastos serão superiores aos do ano passado.
Nove por cento afirmaram, espontaneamente, que não fazem ou não farão
compras para as festas de fim de ano. As informações são da pesquisa
Retratos da Sociedade Brasileira - Intenção de Compras, que a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga nesta sexta-feira, 22
de novembro.
A disposição para gastar mais com as festas de fim de ano é maior
entre as pessoas com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos.
Nessa faixa de renda, 14% pretendem gastar mais do que em 2012 com as
compras para as festas de fim de ano. O percentual cai para 9% entre os
que têm renda familiar de até um salário mínimo.
O gerente executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da
Fonseca, avalia que a redução dos gastos com as compras é resultado das
dificuldades econômicas enfrentadas pela população. "Mais da metade dos
entrevistados disseram que a situação econômica pessoal é regular ou
ruim. Há ainda um maior endividamento da população e crescimento da
inflação", analisa Fonseca.
Conforme a pesquisa, 43% dos brasileiros disseram que a situação
econômica pessoal é regular, 14% acham que é ruim ou péssima. Os
entrevistados também apontaram, em uma lista de sete opções, os fatores
determinantes para a decisão do valor a ser gasto com as compras.
Segundo 28% dos entrevistados, a inflação é o principal item considerado
na hora da decisão pelas compras do mês. Em seguida, vem a renda
pessoal (22%) e a renda familiar (15%).
USO DO 13º SALÁRIO - A pesquisa revela ainda que
24% da população está mais endividada do que há três meses. A maior
parte das dívidas (59%) foi contraída por causa de dificuldades ou
necessidades imprevistas. Ou seja, foram feitas sem planejamento. O
cenário de maior dificuldade econômica influencia a decisão sobre o uso
do 13º salário neste fim de ano. A maioria dos brasileiros (52%) usará o
13º salário para pagar dívidas. Outros 30% usarão o dinheiro extra para
despesas do dia a dia e 18% comprarão presentes e produtos de uso
pessoal, como roupas, sapatos e brinquedos. Quinze por cento vão
poupar.
De acordo com o levantamento, menos da metade (42%) dos
entrevistados costuma receber 13º salário e 57% não recebem o salário
extra. O percentual dos que não recebem 13º salário é maior nas faixas
de renda familiar mais baixas. Entre os que ganham até um salário
mínimo, 82% não recebem o 13º. Entre os entrevistados com renda familiar
acima de 10 salários mínimos, o percentual cai para 39%.
A
pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Intenção de Compras foi
feita com 2.002 pessoas em 142 municípios entre 14 e 17 de setembro.
Assessoria dee Comunicação da CNI |
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