CNC CRITICA CONCENTRAÇÃO DO SETOR AÉREO NO BRASIL



Vice-presidente da  Confederação Nacional do Comércio  apoia projeto de abertura do mercado aéreo para empresas estrangeiras. Segundo ele, a medida daria condições para baixar preços e aumentar conectividade aérea

O vice-presidente da CNC (Confederação Nacional do de Bens, Serviços e Turismo), Luiz Gil Siuffo, manifestou apoio à proposta do presidente da Embratur, Flávio Dino, de permitir que empresas estrangeiras façam voos domésticos no País. Por meio de carta, Gil Siuffo cumprimenta Dino pela “atitude corajosa de denunciar os abusos praticados pelas companhias aéreas nos preços das passagens”.

Gil Siuffo afirma que os altos preços são praticados durante o ano todo e não apenas no período de grandes eventos. “Estamos sendo explorados e maltratados por essas duas grandes empresas que formam o duopólio há muito tempo”.  Ele lembra ainda, que as tarifas cobradas pelas companhias aéreas para remarcar voos também são abusivas.

Outra crítica feita pelo vice-presidente da CNC é em relação à malha aérea. “No passado, o Brasil estava ligado por empresas nacionais a todos os continentes, hoje, temos meia dúzia de voos para Europa e Estados Unidos e nem sequer as companhias cobrem toda a América do Sul”, ressalta.

Além disso, Gil Siuffo condena o lobby feito pelas companhias aéreas. “Vamos continuar sendo explorados por este grupo cujo lobby é muito poderoso. Eles detêm o monopólio das linhas mais lucrativas do país que partem do Santos Dumont e de Congonhas, e ainda o monopólio da ponte aérea Rio-São Paulo”, critica o vice-presidente da CNC.


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Fac-símile da carta do vice-presidente da CNC, Gil Siuffo, ao presidente da Embratur, Flávio Dino

Desde o início do ano, Flávio Dino defende a política de Céus Abertos na aviação brasileira. A medida estabelece políticas mais flexíveis para a participação de empresas estrangeiras em voos domésticos no Brasil. Atualmente, apenas as empresas nacionais podem realizar voos dentro do País.  Dino defende também a ampliação da oferta nos voos regionais. Com mais concorrência, a tendência é a diminuição das tarifas aéreas.

Leia artigo do presidente Flávio Dino sobre o assunto:
 
 

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