Promoção conjunta do Turismo da Argentina e Brasil no exterior sofre com descumprimento do lado brasileiro
Às vésperas da realização da 41ª ABAV – Feira de Turismo das Américas e
40º Encontro Comercial Braztoa – representantes do turismo oficial da
Argentina se preparam para desembarcar no País com pendência não
resolvida. Trata-se de não cumprimento por parte do Ministério do
Turismo do Brasil, de termos do acordo de promoção conjunta. O mesmo
prevê custos compartilhados com locação de escritório em diversos
mercados internacionais – entre eles Japão, China, Austrália e Nova
Zelândia – verba publicitária, custos com profissionais, entre outras
obrigações.
Desde meados de 2011, o Brasil, segundo o turismo oficial da Argentina,
não tem feito aportes no projeto firmado conjuntamente com o que foi
denominada Oficina de Promoção Turística do Mercosul e tampouco
contratou profissional para dirigir o escritório em Tóquio, prejudicando
o funcionamento dessa estrutura e, ainda, comprometendo a imagem do
Mercosul no Japão. A parceria teve por objetivo, desde o início,
otimizar recursos para promoção e incentivar o turista à visitação
conjunta dos atrativos dos países.
Segundo o ministro do Turismo da Argentina, Enrique Meyer, de outra
parte, seu país vem fazendo com regularidade os aportes relativos à sua
participação, necessários para o aluguel do escritório e respectivos
gastos operacionais. Na definição inicial, o Brasil arcaria com 65% das
despesas e a Argentina com 20%, sendo o restante dividido entre outros
países do Mercosul, interessados na promoção do turismo.
Ainda de acordo com Meyer, várias tentativas de contornar as
dificuldades com a falta desse investimento brasileiro foram feitas,
sempre sem contar com a presença de qualquer representante do Ministério
do Turismo do Brasil. O ministro do Turismo da Argentina, que esteve
pessoalmente em todos os encontros, explica que, em 13 de agosto último,
quando do encontro da OMT, novamente fez-se sentir essa ausência.
“A eventual ruptura nesse compromisso coloca em risco a divulgação e o
incremento do turismo, tanto para o Brasil quanto para a Argentina, em
mercados importantes e emergentes” – alerta Enrique Meyer, destacando
que tal entrave “acontece especialmente num momento em que emissores
importantes como Europa e Estados Unidos se encontram retraídos”.
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