Em reunião do Fornatur, presidente da Embratur
sensibiliza secretários de Turismo para importância de debater a
competitividade em seus estados, dialogando com o setor sobre a necessidade de
praticar preços justos
O presidente da Embratur, Flávio Dino, participou hoje
de encontro do Fornatur (Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais
de Turismo), onde apresentou a última pesquisa de preços da hotelaria para as
cidades-sede da Copa do Mundo 2014. Em sua apresentação, Dino fez um apelo aos
secretários para que proponham um pacto com os empresários do setor.
“Precisamos ter clareza que os megaeventos são viabilizados pelo aporte de
recursos públicos que garantem a infraestrutura necessária”, afirmou.
“Os investimentos de R$ 8,9 bilhões em mobilidade
urbana ficarão para as cidades, mas o principal ganho do Brasil a longo prazo é
a visibilidade que os megaeventos darão aos nossos destinos turísticos,
permitindo que cheguemos a um novo patamar internacional no setor”, afirmou
Dino. “A prática de preços acima da média internacional dificulta que
alcancemos essa meta”.
O presidente da Embratur agradeceu ao secretário
estadual de Turismo do Rio de Janeiro, Ronald Ázaro, atual presidente do
Fornatur o convite para falar da pesquisa. E retribuiu convidando Ronald e
todos os presentes para o Seminário Turismo e Competitividade, que será
realizado em Brasília, no próximo dia 9 de julho.
AUMENTOS EXCESSIVOS ENCAMINHADOS AO MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA
Há duas semanas, a Embratur divulgou dados
preliminares do levantamento feito pela instituição a respeito das tarifas
cobradas por hotéis durante a Copa do Mundo 2014. A tarifa média do Rio de
Janeiro durante os jogos da Copa é de 461 dólares, mais que o dobro da taxa
média durante a Copa das Confederações deste ano. Em Fortaleza, que junto com o
Rio receberá a maior parte dos jogos, a tarifa média é de US$ 355. Três vezes
maior que a tarifa média de US$ 119 durante a Copa das Confederações.
“Esse aumento não consegue encontrar explicação em
nenhuma projeção de inflação, carga tributária ou o chamado custo Brasil”,
afirmou Dino. “Por isso, todos os casos considerados abusivos serão
encaminhados à Secretaria de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça”.
Na avaliação de Dino, esses aumentos, sem explicação,
comprometem a principal possibilidade de ganho com os megaeventos: a projeção
de imagem do país. “O conjunto de investimentos públicos que está sendo feito
para a organização dos eventos visa, além da melhoria de vida da população
dessas cidades, a projeção de imagem do Brasil como um ótimo destino
turístico”, afirma. Com esses investimentos, Dino acredita que o país pode ter
um crescimento sustentado do turismo internacional, que é uma importante
alavanca de desenvolvimento econômico. “Mas isso está sob risco, caso os
estrangeiros considerem nossos serviços caros”, aponta.
Assessoria de Imprensa- Embratur
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