Turista nacional gasta R$ 192,79 por dia no estado, diz pesquisa do IPDC Fecomércio



Homem, funcionário público ou aposentado, casado, na faixa dos 36 aos 50 anos, viajando com a família, a passeio, oriundo principalmente de São Paulo e que fica no estado por dez dias, período no qual gasta, apenas aqui (descontando os gastos com o deslocamento até Natal), R$ 5.514,82 em média. Este é, resumidamente, o perfil do turista que visita o Rio Grande do Norte, segundo uma pesquisa recém concluída pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), ligado à Fecomércio RN.
A pesquisa mostra que 50,9% dos nossos turistas são homens, residentes principalmente na região Sudeste do Brasil. São Paulo (30,4%) e Rio de Janeiro (11,6%) são os maiores emissores de turistas, seguidos por Minas Gerais (8,2%) e Distrito Federal, com 7,7%.
A maior parte dos entrevistados, 26,9%, tem idades entre 36 e 50 anos, predominando aqueles com escolaridade de nível superior (43,9%), e que têm como principais ocupações as de funcionário público (19,9%), aposentado/pensionista (14,2%), comerciário (10,7%) e profissional liberal (9,5%). Entre os entrevistados 57,5% são casados e costumam viajar em família (74,8%). Cerca de um terço (32,8%) dos entrevistados, declarou ter renda mensal na casa dos R$ 3 mil e R$ 6 mil.
O tempo médio de permanência na cidade foi de 10 dias, período no qual os gastos (incluindo hospedagem, alimentação e compras) somaram, em média, R$ 5.783,85 (R$ 578,38 de média diária), para um grupo de três pessoas. Com isso, a média de gastos diários por pessoa foi estimada em R$ 192,79 para os turistas nacionais.

Estrangeiros
O levantamento do IPDC Fecomércio também demonstra que os turistas internacionais gastaram no total, em média, R$ 7.254,15, e o seu tempo de permanência foi de 14 dias, em grupos de duas pessoas. Assim, o gasto diário médio por pessoa, neste caso, ficou em R$ 259,08.
Na comparação com os dados relativos à outra pesquisa, realizada no início de 2012, os valores tiveram pouca alteração (ver infográfico).
Os preços cobrados na cidade foram avaliados como normais pela maioria dos entrevistados (58,6%). Outros 35,9% consideraram o nível dos preços elevado.
Quando perguntado em relação ao que mais desagradou o turista, limpeza pública aparece, com 29%, seguida por infraestrutura da cidade (19,9%). Mesmo assim, 74,8% dos entrevistados afirmaram que pretende, sim, retornar a Natal. Outros 93,6% afirmam que pretendem indicar o RN a amigos e familiares.
“Este levantamento serve como balizamento para todos nós, empresários do comércio, dos serviços e do turismo. Com estas informações, sobretudo aquelas ligadas à qualidade dos serviços e da infraestrutura oferecidos aos turistas, podemos melhorar nós mesmos, em nossas empresas, e cobrar dos poderes públicos ações que possam tornar nosso estado um destino cada vez mais atrativo. Nunca é demais lembrar que um turismo forte é fundamental para que tenhamos um comércio forte e também para reforçar toda a nossa economia”,  afirma o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
O levantamento ouviu 400  turistas entre os dias 16 e 21 de janeiro e tem margem de erro de 4,5 pontos percentuais para mais ou para menos,  com índice de confiança de 95%.

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