Implantação Nacional do Cadastro
vitivinícola e regulamentação do vinho artesanal são debatidos com
representantes do Ministério da Agricultura em Bento Gonçalves
A
parceria do governo federal para construção de controles e normatizações mais
efetivas motivou reunião de representantes do Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento (MAPA) com as entidades do setor vitivinícola nacional
na tarde de terça-feira (4), em Bento Gonçalves.
Recém
empossados nos cargos, o Secretário Substituto de Defesa Agropecuária e Diretor
do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV/SDA), Ricardo
da Cunha Cavalcanti Júnior, e o Coordenador Geral de Vinhos e Bebidas
(CGVB/DIPOV), Álvaro Viana, ouviram e responderam aos pleitos apresentados
pelos dirigentes das entidades da Uva e do Vinho. Ao todo, 20 pessoas
participaram da reunião, que teve duração de duas horas e meia, na sede da
Embrapa Uva e Vinho.
Entre
os temas apresentados, a implantação em todo o país do cadastro vitícola e
vinícola, assim como a regulamentação do vinho artesanal foram os temas que
demandaram maior atenção no encontro. Entretanto, o andamento do Decreto que
regulamenta a Lei do Vinho, o reconhecimento das Indicações Geográficas, a
equiparação da rotulagem de vinhos nacionais e importados, algumas práticas
enológicas, o Programa Alimento Seguro, entre outros assuntos, também foram
abordados na ocasião.
“Particularmente
não vejo nenhum problema de o gerenciamento deste controle ser feito por uma
entidade do setor privado. O diferencial competitivo da cadeia produtiva será
dado pela seriedade de seus atores”, observou Cavalcanti sobre a ampliação dos
cadastros para o restante do país. “Queremos maior fiscalização e a implantação
desta ferramenta nos demais estados produtores irá ajudar bastante”, salientou
o vice-Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho
(Ibravin), Eduardo Piaia.
Como
balanço final, tanto os representantes do setor como os do governo federal
concordaram que a construção de uma agenda positiva e a busca por soluções
conjuntas é o melhor resultado nesta aproximação. “O que se faz no mundo todo é
o autocontrole, pois o Governo Federal não tem condições de fazer toda a
fiscalização necessária. O Ministério da Agricultura pode ajudar criando normas
mais eficientes, mas temos que construí-las a quatro mãos” concluiu Cavalcanti.
O secretário solicitou ao diretor técnico do Ibravin que encaminhasse os pontos
apresentados para uma análise mais criteriosa pelo departamento que coordena.
“Essa sensação que estou tendo, de sermos tratados como parceiros, é
fantástica. O objetivo é construirmos uma agenda única para o setor do vinho.
Nem tudo podemos resolver, mas queremos ajudar no que nos for possível”,
concluiu Cavalcanti.
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