Evento Sabores do Brasil oportunizou divulgação do projeto Wines of Brasil e a degustação de rótulos nacionais
Interessados em compras de grande volume, empresários chineses acompanharam atentos à explanação do Wines of Brasil, projeto
de promoção do vinho brasileiro feito em parceria entre o Instituto
Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), durante o Flavours from Brasil
(Sabores do Brasil). O evento, que divulgou vinhos, carne de gado,
frango, suínos, mel e café brasileiros na China, foi realizado nesta
terça e quarta-feira (dias 20 e 21), no hotel Grand Hyatt Beijing, em
Pequim, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC) e Apex-Brasil, com apoio do Ministério de Relações
Exteriores (MRE). No primeiro dia ocorreu uma conferência onde entidades
representativas de cada setor envolvidas na ação puderam apresentar os
seus produtos para mais de 100 pessoas. Logo após foi servido um
coquetel onde foram servidos espumantes brasileiros e servido um jantar
harmonizado com vinhos brasileiros.
Foram servidos os vinhos Vinibrasil Viogner, Casa Valduga Chardonnay, Miolo Quinta do Seival Cabernet Sauvignon, Aurora
Tannat, Salton Desejo e Garibaldi Chalet Du Clermont Merlot, além dos
espumantes dessas empresas. “A degustação foi um sucesso. A compradora
de vinhos da rede de supermercados Metro, Wendy Mao, apreciou com
prazer cada rótulo e o David Hsio, da Grand Reserve, importador de
vinhos de Taiwan que compra mais 1 milhão de dólares por ano, levou
duas garrafas de nosso vinhos para casa”, comemora Bárbara Ruppel, da equipe de Promoção Comercial do Wines of Brazil.
No dia seguinte, Bárbara participou de oito
reuniões de negócios. “Certamente, o evento foi muito importante para
criação de imagem do vinho brasileiro”, afirma. Conforme ela, dados da
consultoria Euromonitor Internacional apontaram que 28 compradores, de
todos os setores, participaram de 110 reuniões de negócios com
empresários brasileiros. “Se somente uma pequena parcela desse grupo
comprar, efetivamente, os vinhos nacionais, os lucros serão grandes,
pois o mercado chinês conta com a maior população do mundo e o interesse
pelo consumo de vinhos só cresce no país. Mas esperamos que o número de
interessados no setor seja expressivo”, observa Bárbara.
Importância da China
A
China, que surpreendeu terminando 2011 em 2º lugar no ranking dos
maiores compradores de vinhos brasileiros, encerrou o 1º semestre deste
ano na liderança. O país asiático comprou US$ 405 mil de janeiro a
junho, 492% a mais do que os US$ 68,4 mil do mesmo período de 2011. O
valor já supera o total exportado para a China em todo o ano passado,
que somou US$ 390,3 mil de cinco empresas – Casa Valduga, Cooperativa
Vinícola Garibaldi, Miolo, Pizzato e Salton. “Tudo acontece muito rápido
na China, que é um país enorme com uma população gigante e um interesse
crescente em vinho”, comenta a gerente de Promoção Comercial do Wines
of Brasil, Andreia Gentilini Milan. As exportações de vinhos para o
gigante asiático iniciaram em 2010, quando foram vendidos US$ 4 mil, por
meio de Hong Kong. “Basicamente enviamos amostras. Os negócios
começaram pra valer apenas no ano passado”, diz Andreia.Segundo o MDIC, em 2011, o Brasil foi o terceiro maior exportador mundial de produtos do agronegócio, incluindo alimentos e bebidas. As exportações destes segmentos chegaram a US$ 76,9 bilhões, um crescimento de 24,98% em relação aos resultados de 2010, e atingiram mais de 200 países. De acordo com o documento Agricultural Outlook 2010-2019, produzido pela Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil tem o setor agrícola que mais cresce no mundo, com uma estimativa de crescimento da produção de mais de 40% até 2019.
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