Resolução 141 fez companhias aéreas brasileiras desembolsarem mais de R$ 70 milhões em 2011



  
Razões não relacionadas à operação das empresas impactam nos valores pagos
aos passageiros com alimentação, hospedagem, reacomodação em outras empresas e traslado

Em cumprimento à determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), na Resolução Nº 141, criada em 2010, de indenizar passageiros em decorrência de atrasos e cancelamentos de voos, as companhias aéreas integrantes da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) - AVIANCA, AZUL, GOL, TAM e TRIP - desembolsaram mais de R$ 70 milhões no ano passado. Com tal valor seria possível praticamente comprar um jato ERJ 190 da Embraer, com capacidade para 100 passageiros.

Embora a responsabilidade de todo o processo de viagem de avião não seja exclusiva das empresas aéreas, são elas que indenizam os passageiros. Condições meteorológicas, greves de trabalhadores e infraestrutura dos aeroportos, entre outras razões, podem ocasionar atrasos e imprevistos. No ano passado, por exemplo, as cinzas do vulcão Puyehue, no sul do Chile, e paralisações de funcionários em aeroportos tiveram grande impacto no tráfego aéreo comercial brasileiro.

“Muitas variáveis compõem a experiência de voar e entendemos que não há como tratá-las de maneira isolada, pois o transporte aéreo consiste em uma grande rede, que aglutina várias fases. Nosso grande compromisso é com quem viaja de avião, portanto, as empresas associadas têm se dedicado em prestar o melhor atendimento aos consumidores, sobretudo nessas condições”, explica Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR.

Em 2011, segundo a ANAC, foram vendidos 86 milhões de bilhetes aéreos no Brasil. Hoje o consumidor tem mais opções de voos e empresas, um preço médio menor do bilhete do que dez anos atrás, facilidades na compra e no pagamento. “O brasileiro ascendeu econômica e socialmente e usa com maior frequência o transporte aéreo, tendo ainda os benefícios das milhas e das passagens promocionais. Em contrapartida, as companhias aéreas precisam de infraestrutura para funcionar de forma mais eficiente, o que inclui instalações em aeroportos, transporte nos terminais, estacionamentos e serviços. A reforma e ampliação dos aeroportos brasileiros são medidas que podem garantir a melhoria”, diz Sanovicz.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) representa as cinco principais companhias aéreas brasileiras (AVIANCA, AZUL, GOL, TAM e TRIP), que juntas têm 99% do mercado, empregam 57 mil pessoas, dispõem de mais de 450 aeronaves e fazem cerca de 2.700 voos diários.

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