Apesar de muito consumida pelos brasileiros, pouca gente conhece a versatilidade da farinha de mandioca. E foi para explorar os múltiplos usos deste ingrediente tão típico do nosso país que o VI Seminário do Museu da Gastronomia Baianado Senac o elegeu como tema deste ano. O evento teve início nesta terça-feira, 21, com uma tarde de conferências ministradas por pesquisadores da farinha de mandioca. A diretora regional do Senac, Marina Almeida, e o curador do evento, o antropólogo Raul Lody, recepcionaram os participantes, que lotaram o auditório do Sesc Senac Pelourinho.
Os palestrantes que compuseram a programação de abertura foram os professores Joselito da Silva Motta, Odilon Castro e Asdrubal Vieira Senra, a pesquisadora Janice Izabel Druzian e os responsáveis pela implantação do slow food no Brasil,Fernanda Cabrini e Marcelo Terça-Nada, que deram uma verdadeira aula sobre as propriedades da farinha de mandioca, a tradição na sua fabricação, seu papel nos hábitos gastronômicos brasileiros e seus benefícios para a saúde alimentar e para a indústria.
No intervalo, denomidado ‘Café com farinha’, os participantes puderam degustar diversas iguarias feitas com farinha de mandioca, como o quadradinho de tapioca com café e coco, o beiju à sertaneja – massa de tapioca com leite de coco recheada com carne de charque acebolada e queijo coalho, e o doce à moda, guloseima feita de rapadura e farinha de copioba que compunha o tabuleiro das baianas na época colonial.
A proposta do VI Seminário do Museu de Gastronomia Baiana é valorizar a culinária local e discutí-la como um patrimônio imaterial da cultura da terra. O evento continua dias 23 e 24 de agosto com as oficinas, nas quais os participantes vão aprender receitas de pratos que têm a farinha como principal ingrediente - como pirão de leite com queijo coalho e paçoca de carne seca. Quem deseja participar ainda pode efetuar inscrição nas unidades do Senac Pelourinho, Aquidabã, Casa do Comércio e Pituba.
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