Debates e palestras marcam primeiro dia de evento sobre sustentabilidade para a Copa 2014





A preocupação sobre como reduzir os impactos causados por uma Copa do Mundo, a responsabilidade com o meio ambiente e a construção de um legado positivo foram alguns dos temas trabalhados na primeira parte da Oficina Pegada de Carbono, realizada na manhã desta quarta-feira (23), no auditório do Sebrae/RN. O evento é fruto da parceria entre os governos Federal e da Inglaterra, com participação da Useful Simple Projects (USP), empresa que prestou consultoria ao governo londrino para as Olimpíadas de 2012.

A pegada de carbono é um termo utilizado para mensurar o impacto causado pela ação do homem no meio ambiente, identificando a quantidade de CO² produzida diariamente. A oficina promovida pelo Governo do RN, Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa 2014 (Ctmas), Procuradoria Geral do Estado e Sebrae tem o objetivo de apresentar as atividades executadas pela empresa USP para as Olimpíadas de Londres 2012 no contexto da sustentabilidade.

A ideia da oficina é que sejam adotadas práticas sustentáveis para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil por meio da experiência da USP, empresa responsável pelo estudo de pegada de carbono das Olimpíadas de Londres de 2012. Durante a oficina, que se estende até esta quinta-feira (24), serão detalhadas experiências dos núcleos de mudanças climáticas, o trabalho da câmara temática estadual de meio ambiente e sustentabilidade Copa 2014 e a apresentação do termo de cooperação técnica entre os Governos brasileiro e britânico.

No turno vespertino, serão trabalhadas revisão das metodologias de Pegada de Carbono utilizadas em eventos anteriores, incluindo detalhes da abordagem de Londres 2012, estratégias de redução de carbono e o papel de setores públicos, privados e do terceiro setor na gestão das emissões.

Sobre o evento, o consultor-geral do Estado José Marcelo Costa dimensionou a importância da Oficina ao explicar que “a Copa do Mundo é o instrumento finalista para a mudança de paradigmas de qualquer economia. É certo que a Copa é o evento mais midiático do planeta. Então nós do Rio Grande do Norte devemos aproveitar esse momento para mudar a consciência da população. Queremos que as atividades que são desenvolvidas no estado ganhem um perfil mais sustentável”.

O representante do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Canina, declarou que a oficina cumpre um importante papel de sensibilização de todos os setores, uma vez que a política nacional de mudanças climáticas tem com meta a redução dos índices de carbono até 2020. “Devemos fazer com que o usuário da Copa perceba a sustentabilidade. Usar a Copa com uma oportunidade de catalisar ações sustentáveis, desenvolver políticas públicas, entre outros”, comentou.

A procuradora do Estado e coordenadora adjunta da Ctmas/RN, Marjorie Madruga, explicou que a câmara faz parte do modelo de governança criado pelo Governo Federal para a Copa do Mundo e observou que é possível minimizar os impactos causados pela ação da população no meio ambiente. Ela lembrou que é necessário descobrir em qual dimensão serão aplicados os critérios de sustentabilidade.

“A pegada de carbono é como são tratadas questões como uso do ar condicionado, lixo. Devemos mudar a forma de viver e o meio como nos relacionamos com a natureza. Tudo isso vai contribuir para a redução das emissões de carbono”, disse.

O embaixador do Reino Unido no Brasil, Alan Charlton, comentou que tanto Londres quanto Natal sediarão importantes competições mundiais como as Olimpíadas e a Copa do Mundo, respectivamente. Por esse motivo “queremos que o Mundial de 2014 deixe um legado duradouro construído para gerações futuras”, declarou.

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