Resumo das estatísticas atualmente disponíveis sobre turismo na Bahia

PORTO SEGURO
Existem atualmente diversos estudos mas poucas estatísticas confiáveis sobre o mercado de viagens e hospedagem na Bahia. O resumo abaixo busca apresentar as principais informações confiáveis das poucas fontes atualmente disponíveis.

Foram propositalmente omitidas informações não representativas do conjunto ou que visam apenas objetivos mercadológicos, carecendo de confiabilidade necessária para ter sua divulgação ampliada.

A primeira fonte de dados se refere a uma pesquisa muito abrangente (Caracterização e Dimensionamento do Turismo Receptivo na Bahia), que visa qualificar o fluxo de viajantes que chegam na Bahia. É uma pesquisa séria e cara, realizada pela FIPE, Fundação de Pesquisas da USP, sob coordenação do prof. Wilson Rabahy, e patrocinada pela Setur-Ba. Sua última edição é de 2008, tendo sido aplicados 16.525 questionários nos principais portões de entrada do Estado. Embora os dados estejam um pouco defasados, eles podem ser utilizados como indicadores para muitas afirmações sobre o mercado hoje, uma vez que as mudanças estruturais não são tão bruscas em 3 anos. Outras vezes, seus dados podem ser atualizados por um índice inflacionário, visando obter uma proxy do que seria este número atualmente.

Informações completas sobre esta pesquisa podem ser obtidas no site www.setur.ba.gov.br/indicadores

Dentre os principais resultados desta pesquisa, referentes à Bahia, destaca-se:

1) A Bahia teve um fluxo global de 9 milhões de visitantes em 2008, sendo 94,3% domésticos (brasileiros) e 5,7% estrangeiros;
2) Do total de visitantes no território baiano, 52,2% são baianos e 47,8% provém de outros estados;
3) A Bahia recebe 10,2% dos visitantes estrangeiros e 7% do fluxo de viajantes nacionais;
4) Minas Gerais e São Paulo são os principais estados emissores para a Bahia, representando 14,8% e 14,3% do fluxo de turistas nacionais. No que diz respeito à receita, São Paulo participa com 24,8% e Minas com 20%. Somados, os estados de São Paulo e Minas representam 29,1% do fluxo e 44,8% da receita. Os demais estados tem participação muito inferior;
5) A estimativa da receita turística da Bahia em 2008 aponta valor de R$ 5 bilhões sendo 15% proveniente de turistas estrangeiros e 85% de turistas nacionais;
6) A Baía de Todos-os-Santos (incluindo Salvador) é responsável pela atração de 35,1% de todo o fluxo receptor doméstico da Bahia;
7) Outras regiões turísticas que merecem grande destaque são a Costa do Descobrimento (10,8%), Caminhos do Oeste (7,0%), Costa dos Coqueiros (5,3%), Caminhos do Sertão (5,1%), e Costa das Baleias (5,0%);
8) Os maiores pólos receptores do estado são Salvador , que atrai 28,8% do fluxo turístico doméstico, enquanto Porto Seguro responde por 10,8% desse total;
9) Observa-se, ao longo dos anos, uma alternância entre os 10 principais países emissores de turistas para a Bahia. Em 2008, os Estados Unidos liderou com 12%, seguido da França (11%), Itália (10%), Portugal (10%), Alemanha (9%), Espanha (8%) e Argentina (8%). Estima-se uma queda do fluxo de turistas internacionais nos anos recentes em razão da crise econômica internacional;
10) A Bahia atrai 19% dos turistas da Europa que visitam o Brasil; 9% dos turistas norte-americanos que visitam o Brasil; e apenas 3% dos turistas sul-americanos que visitam o Brasil vão à Bahia.
11) A segundo fonte de dados são os publicados no site da Bahiatursa segundo a qual na Bahia existe um total de 3.512 unidades hoteleiras, sendo 406 em Salvador e 572 em Porto Seguro. A tabela abaixo resume a quantidade de hotéis, apartamentos e leitos por principais destinos turísticos, segundo a Bahiatursa.
12) Já segundo dados do Ministério do Turismo em 2009 havia apenas 444 meios de hospedagem “cadastrados no Ministério do Turismo” na Bahia, com 22.176 unidades habitacionais e 50.755 leitos. Essa é a última informação disponível no site do Ministério.
13) O último estudo do IBGE buscando dimensionar a importância das “atividades características do turismo” na economia brasileira data de 2007. Naquele ano essas atividades respondiam por 3,6% do PIB brasileiro, empregando 5,9 milhões de pessoas. Dentro dessas atividades, os “serviços de alojamento” (código 55.1 da CNAE e, mais especificamente, “55.13-1 – Estabelecimentos hoteleiros”), representam 6,2% do total. Assim, pode-se concluir que em 2007 os serviços de alojamento representavam 0,22% do PIB brasileiro. Este é um dado estrutural, que costuma não apresentar grandes mudanças de um ano para outro.

Fonte: abihbahia.org.br

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