Com projeto de Oscar Niemeyer, o Dona Lindu nasce como importante espaço turístico, agregando cultura e lazer
O Recife acaba de ganhar um importante espaço cultural e de lazer. O Parque Dona Lindu, assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, foi criado para aliar as reivindicações dos moradores com as necessidades de uma cidade turística como a capital pernambucana. O nome do espaço foi escolhido em homenagem à mãe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Dona Lindu ocupa um terreno de 33 mil m² na orla da praia de Boa Viagem. Niemeyer, reconhecido como um dos maiores ícones da arquitetura moderna mundial, levou em consideração as sugestões apresentadas pela prefeitura, a partir da participação de diversos segmentos sociais na discussão sobre o projeto. Para preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida da população, 60% do parque é reservado a uma área verde e 12% são destinados a equipamentos públicos de lazer.
O parque conta ainda com o Teatro Luiz Mendonça e um espaço para exposições, a Galeria Janete Costa, além de um pátio para realização de eventos abertos, áreas de descanso e convivência e estacionamento. Haverá, ainda, um Posto de Informações Turísticas, que vai distribuir mapas, folders e a programação cultural do Recife. O atendimento será realizado em português ou inglês e poderá tirar dúvidas sobre todos os aspectos da cidade.
Área verde – Além do vasto gramado, estão presentes no Dona Lindu cerca de três mil espécies vegetais, como palmeiras, coqueiros, ipês roxos, paus-brasil, acácias cubanas, craibeiras, felícios, lagestromias, paus-de-formiga, mororós, jasmins, lírios, panamás vermelho e rosa, ixoras, açucenas e barras de serpente. Os 60% de área verde equivalem a 16.300,20 m² que funcionam como refúgio natural e proporcionam a moradores e turistas um ambiente de tranquilidade.
Lazer - O parque possui quadra esportiva, rampa de skate, parque infantil, ciclovia, pista de cooper e áreas para atividades físicas. A prefeitura já utilizou esse espaço para oferecer oficinas de skate, música e dança, jogos populares, apresentações de capoeira, jogos de salão e escolinhas esportivas. O Dona Lindu abriga as atividades dos Círculos Populares de Esporte e Lazer, programa através as pessoas inscritas podem praticar aikido, voleibol, futsal, skate, capoeira e ginástica.
Cultura – A Galeria Janete Costa é dividida em dois espaços, uma sala principal no térreo e o mezanino, o que permite a realização de exposições simultâneas. O pavilhão tem estrutura monumental, possibilitando a apresentação de peças maiores. O espaço agrega, ainda, elevador e banheiro. Na inauguração, a galeria recebeu a exposição inédita no Recife “Amor e Solidariedade”, com mais de 160 obras de Abelardo da Hora, entre esculturas, cerâmicas, desenhos e gravuras.
O Teatro Luiz Mendonça é democrático. Das 587 poltronas da plateia, seis da primeira fila são reservadas para pessoas de baixa mobilidade e dez são para cadeirantes. A estrutura possui banheiros, quatro camarins e elevador. O palco, com 20 metros de largura e 6 metros de comprimento, é reversível para o pátio externo do parque, possibilitando apresentações abertas ou fechadas. Nos eventos abertos, o público pode passar de três mil pessoas.
Equipamentos de última geração são responsáveis pela iluminação, sonorização e acústica do teatro, que também conta com tela de audiovisual e projetor, que podem complementar os espetáculos. O Luiz Mendonça foi inaugurado com uma apresentação conjunta do cantor Lenine com a Orquestra Sinfônica do Recife. O show foi voltado para a área externa do Dona Lindu.
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