Acionistas da British Airways e da Ibéria aprovam fusão das companhias

Os acionistas da British Airways e da Ibéria votaram nesta segunda-feira para aprovar a fusão das duas companhias. Nas reuniões celebradas hoje de manhã em Madri e Londres, as duas partes decidiram a aprovação de um acordo que criará um dos mais poderosos grupos de companhias aéreas.

A British Airways destacou em um comunicado após a reunião na capital inglesa que estavam contentes que os acionistas tivessem aprovado a fusão. Na Espanha, a Ibéria informou que o acordo assinado em abril pelos diretores das empresas tinha sido aprovado pelos acionistas.

A aprovação dos acionistas era o último obstáculo para a execução da fusão, prevista para janeiro de 2011.

Segundo Antonio Vazquez, presidente da Ibéria, o histórico acordo criará um grupo global que vai liderar um futuro processo de consolidação com muito valor para os negócios das duas companhias, porque permitirá alcançar importantes sinergias.

A operação, que acontecerá por meio de uma troca de ações, permitirá às duas empresas manter a marca e as operações sob uma nova holding, o International Airlines Group (IAG), que tem valor atual estimado em mais de seis bilhões de euros (oito bilhões de dólares) e British terá 55% do capital e a Iberia 45%. Este grupo será a segunda maior companhia aérea européia por capitalização na Bolsa e a terceira em volume de negócios.

O novo grupo contará com uma frota de 408 aviões, que transportarão 58 milhões de passageiros por ano a quase 200 destinos em todo o mundo, combinando a forte presença da British Airways na América do Norte, Ásia e Oriente Médio com a preponderância da Ibéria na América Latina.

A IAG será uma companhia espanhola, mas a sede financeira e operacional ficará em Londres. Começará a ser cotada na Bolsa no fim de janeiro e cotação principal estará na bolsa da capital britânica.

Antonio Vázquez e o conselheiro delegado da British Airways, Willie Walsh, ocuparão os mesmos cargos na IAG.

Em julho de 2008 British Airways e Ibéria anunciaram a intenção de uma fusão, mas as dificuldades do setor de transporte aéreo durante a crise econômica, a evolução da capitalização das empresas e o plano de previdência da empresa inglesa complicaram as negociações.

Após quase dois anos de resultados negativos que obrigaram as empresas a reduzir drasticamente os custos, em outubro as duas empresas voltaram aos lucros. As companhias esperam ter sinergias de 400 milhões de euros por ano, que começarão no quinto ano depois da fusão. Vázquez e o conselheiro delegado da British Airways Willie Walsh darão uma conferência de imprensa amanhã às 10h00min, no Hotel Intercontinental em Madri.

fonte :News Caribbean

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