TAM apresenta lucro operacional de R$ 32,7 milhões no segundo trimestre

Companhia reverte situação de perda registrada no mesmo período de 2009; receita bruta cresce 15,4%, para R$ 2,7 bilhões





A TAM (Bovespa: TAMM4, NYSE: TAM) apresentou lucro operacional (EBIT) de R$ 32,7 milhões no segundo trimestre, com margem de 1,3%, revertendo situação de prejuízo operacional de R$ 156,7 milhões registrado no mesmo período de 2009, quando a margem foi negativa em 6,9%. A receita operacional bruta, por sua vez, atingiu R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre e R$ 5,4 bilhões nos primeiros seis meses de 2010, com crescimento de 15,4% e 7,1%, respectivamente, na comparação com os mesmos períodos de 2009. Já o número de passageiros transportados foi de 7,7 milhões de pessoas de abril a junho e de 16 milhões no acumulado do primeiro semestre, mostrando aumentos de 8,9% e 11,1%, respectivamente, em relação a 2009.



"A melhora de 8,2 pontos percentuais em nossa margem operacional foi influenciada pelo expressivo crescimento de 15,1% na receita líquida de R$ 2,6 bilhões que alcançamos no segundo trimestre deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2009, tendo como contrapartida um aumento de 6,3% nas despesas operacionais, como resultado de nossos esforços de redução de custos, mantendo e melhorando a qualidade de serviços aos nossos clientes", destaca Líbano Barroso, presidente das operações aéreas da TAM (TAM Linhas Aéreas, TAM Airlines e Pantanal) e diretor de Relações com Investidores da companhia. No acumulado do primeiro semestre deste ano, o lucro operacional foi de R$ 128,9 milhões, com margem de 2,5%, revertendo a perda de R$ 25,1 milhões dos primeiros seis meses de 2009.



A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 154,1 milhões no segundo trimestre, que se contrapõe ao lucro líquido de R$ 555,1 milhões apurado no mesmo período de 2009, devido principalmente ao impacto negativo da despesa financeira líquida de R$ 154 milhões, comparada à receita financeira de R$ 972,7 milhões no mesmo período de 2009. Boa parte desse impacto foi gerada por um fator não recorrente, sem efeito caixa: o reconhecimento de despesa líquida de R$ 74,4 milhões, decorrente do efeito da desvalorização cambial no segundo trimestre sobre o arrendamento mercantil financeiro, comparado a uma receita líquida de R$ 1,1 bilhão em 2009. Outro fator, também não recorrente, que contribuiu para o prejuízo líquido foi a despesa de R$ 57,2 milhões no segundo trimestre, comparada a uma receita de R$ 311,1 milhões no mesmo período de 2009, devido à marcação a mercado das posições de hedge de combustível da companhia, em função da redução de 9,8% no preço internacional do petróleo no segundo trimestre deste ano. No acumulado de seis meses de 2010, o prejuízo líquido é de R$ 212,2 milhões, comparado ao lucro de R$ 580,8 milhões de 2009.



Receitas operacionais



O expressivo crescimento de 15,4% da receita operacional bruta no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2009 teve como destaque o aumento de 25,4% na receita internacional de passageiros, que atingiu R$ 732,2 milhões, influenciado pela elevação de 27,5% do yield em dólares (preço médio pago por passageiro em cada quilômetro voado), enquanto o yield em reais subiu 10,1%. A demanda internacional (em RPK) cresceu 13,9% e a oferta de assentos (em ASK) aumentou 2,1% no mesmo período. As taxas de ocupação (load factor) dos voos para o exterior aumentaram 7,9 pontos percentuais, para 76,4% no acumulado de três meses, sendo que em maio e junho a companhia registrou índices históricos de ocupação.



Já a receita de passageiros no mercado doméstico cresceu 11%, para R$ 1,4 bilhão, também na comparação anual do segundo trimestre de 2010 em relação a 2009, devido ao aumento da demanda (RPK) em 10,3% combinado com a recuperação de 0,6% no yield. No período, a oferta de assentos (ASK) cresceu 11,2% e a taxa de ocupação recuou 0,5 ponto percentual, para 61,2%. Já na comparação com o trimestre anterior, a maior concentração de passageiros voando a negócios, os esforços da TAM no gerenciamento da receita e a racionalidade predominante no mercado tiveram como reflexo uma recuperação de 16,5% no yield.



Outro destaque relevante foi o crescimento de 32,5% na receita bruta da TAM Cargo, divisão de cargas da companhia, sempre na comparação anual do segundo trimestre, que atingiu R$ 284,8 milhões, sendo que o aumento foi de 15,6% no mercado doméstico e de 50,3% nas operações internacionais, mesmo com apreciação média do real frente ao dólar em 13,6%. Esse significativo crescimento da receita internacional foi gerado pela combinação da melhora no volume total de carga transportada e nas tarifas internacionais, como resultado da política dinâmica de preços da TAM Cargo, atrelada à rápida recuperação do mercado após a crise mundial e à expansão de vendas para mercados não atendidos anteriormente.



Projeto de varejo



A TAM lançou no início de agosto seu novo projeto de varejo, que inclui venda de passagens nas lojas das Casas Bahia, novos produtos, campanha publicitária estrelada pela cantora Ivete Sangalo e outras ações com o objetivo de incentivar o uso do transporte aéreo.



"Queremos continuar sendo a companhia aérea preferida de quem viaja a negócios, oferecendo serviços de qualidade a preços competitivos", observa Líbano Barroso, e ressalta: "Queremos mostrar também que a TAM é para todos. O fortalecimento da economia brasileira nos últimos anos aumentou o poder de consumo no país e vamos provar para essa nova classe média emergente que o conforto de voar não é mais um privilégio de poucos." Com o novo projeto, foi lançada a assinatura da campanha "Você vai. E vai de TAM".



O projeto se baseia nos estudos que mostram a importância estratégica dos clientes que viajam basicamente a lazer, cuja participação deve evoluir dos atuais 30% do mercado brasileiro de aviação civil para 40% em um prazo de cinco a seis anos. Para conquistar esse público de passageiros entrantes, as ações serão desenvolvidas em três frentes: comunicação; canais de venda (em que a parceria com as Casas Bahia tem papel relevante); e meios de pagamento (a TAM já é a empresa aérea que oferece o maior número de possibilidades de pagamento e as iniciativas do projeto incluem novidades como o parcelamento em 12 vezes pelo cartão Itaú e cartão Casas Bahia).



Outro destaque foi a aquisição da TAM Millor, titular das marcas TAM e outras correlatas utilizadas pela TAM S/A, TAM Linhas Aéreas e demais empresas coligadas. A aquisição, no valor de R$ 169,9 milhões, foi feita pela TAM Linhas Aéreas, sendo 15% pagos na data de assinatura do contrato e 85% em notas promissórias em favor dos vendedores, sendo que esse crédito será aportado em aumento de capital da TAM S/A, mediante subscrição de novas ações do capital votante, quitando a dívida da TAM Linhas Aéreas. Os benefícios esperados dessa aquisição são: melhoria da governança corporativa com eliminação de transações com partes relacionadas e gerando o mesmo fluxo de distribuição de resultados para todos os acionistas por meio do pagamento de dividendos; no fluxo de caixa, a redução perpétua de cerca de R$ 17 milhões por ano, corrigidos pelo IGP-M, além da entrada de caixa pelo pagamento de royalties da TAM Aviação Executiva e das franquias da TAM Viagens; e incorporação de um ativo que é a 17ª marca mais valiosa do país e a primeira no setor de transporte aéreo, avaliada em R$ 347 milhões, segundo publicação da consultoria global Interbrand.



Frota e Pantanal



A TAM adicionou 3 aeronaves Airbus ao plano de frota, que deverá encerrar o ano de 2010 com 151 aeronaves, porque as devoluções de dois A319 e um A320 foram postergadas para atender às necessidades da nova malha aérea da Pantanal.



A Pantanal, uma das empresas da holding TAM S/A, controladora da TAM Linhas Aéreas, anunciou sua nova malha aérea que entra em operação a partir de 23 de agosto com novos voos e destinos autorizados pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Serão 48 voos, sendo 23 deles a partir de Congonhas, outros 23 a partir de Guarulhos e dois de Brasília.



A nova malha ampliará o número de seis cidades brasileiras atendidas atualmente - (Araçatuba, Bauru, Marília, Presidente Prudente, no interior paulista; Maringá (PR) e Juiz de Fora (MG) - para 17 destinos, com a inclusão de Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São José do Rio Preto e Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), Uberaba e Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Brasília (DF), Salvador (BA) e Recife (PE). A Pantanal passará a operar 405 etapas de voo por semana, com crescimento de 84,1% em relação às 220 etapas realizadas atualmente. Nos fins de semana, o aumento é mais expressivo ainda: de 150% aos sábados e domingos.





A TAM (www.tam.com.br), membro da Star Alliance, lidera o mercado doméstico desde julho de 2003 e fechou o último mês de julho com 43% de market share. A companhia voa para 44 destinos no Brasil. Com os acordos comerciais firmados com companhias regionais, chega a 88 destinos diferentes do território nacional. A participação de mercado da TAM entre as companhias aéreas brasileiras que operam linhas internacionais foi de 82,7% em julho. As operações para o exterior abrangem voos diretos para 18 destinos nos Estados Unidos, Europa e América do Sul: Nova York, Miami e Orlando (EUA), Paris (França), Londres (Inglaterra), Milão (Itália), Frankfurt (Alemanha), Madri (Espanha), Buenos Aires (Argentina), La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Santiago (Chile), Assunção e Ciudad del Este (Paraguai), Montevidéu (Uruguai), Caracas (Venezuela) e Lima (Peru). Além disso, mantém acordos de codeshare que permitem o compartilhamento de assentos em voos com companhias internacionais, possibilitando ao passageiro viajar para outros 78 destinos nos EUA, América do Sul, Europa e Ásia. A Star Alliance, por sua vez, oferece voos para 1.172 aeroportos em 181 países. A TAM é pioneira no lançamento de um programa de fidelização para companhia aérea no Brasil. O TAM Fidelidade já distribuiu 10,8 milhões de bilhetes por meio de resgate de pontos e faz parte da rede Multiplus, que possui hoje 7,2 milhões de associados.

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