CARTA ABERTA DO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HOTÉIS – SÃO PAULO SOBRE A COPA 2014

Independente do resultado de reunião que acontece nesta terça-feira no Palácio do governo reunindo o prefeito Gilberto Kassab, o governador em exercício Alberto Goldman e o presidente da CBF Ricardo Teixeira, venho a público para mostrar um outro lado desta questão que tem ficado restrita apenas a estádios e autoridades.

A ABIH-SP congrega hoteleiros que representam uma capacidade de hospedagem de 186 mil quartos de hotel. Nossa entidade tem 60 anos de atuação neste mercado, sendo a mais antiga e representativa do trade turístico.

Dentro do panorama de interesses e oportunidades, São Paulo se destaca como principal ponto de valorização e expansão turística do país, nesta última década.

Por isso mesmo, a ABIH/SP é um importante mecanismo de representação desta indústria, dinâmica e eficiente, sempre em busca de padrões internacionais de qualidade dentro das relações de negócios voltados para o turismo.

Assim, é inconcebível pensar em uma Copa do Mundo no País sem considerar a cidade como uma das sedes, quiçá a sede para o jogo de abertura, aquele que realmente é importante e gigantesco se considerarmos aproximadamente um público estimado de 20 mil jornalistas estrangeiros, mais delegações e “entourage” da FIFA.

Não bastasse o número de hotéis, que faz da cidade a única e maior do hemisfério sul em quartos de hotel com capacidade para atender este público, a cidade ainda possui atrativos como restaurantes, bares, casas de espetáculos, arenas, parques e uma infinidade de outros meios de diversão e lazer. Sem contar que há 100 km da capital ainda estão 18 roteiros interessantes como praias, montanhas, cavernas, religiosos, bandeirantes, das águas, frutas, enfim.

Ok, o turista para chegar a desfrutar de tudo isso precisa chegar à cidade. Que outra capital possui aeroportos ou rotas que contemplem todo o Brasil e o mundo?

E as condições de atendimento médico, policiamento, transporte público, enfim, uma série de aspectos de infra-estrutura que já estão estabelecidas na cidade e que precisam apenas ser incrementadas.

Se a população, estimulada pelas notícias de que construir estádio tiraria dinheiro que poderia ser empregado em saúde, habitação e educação, continuar a pensar apenas neste lado da questão, perderá a verdadeira noção que o legado de uma Copa do Mundo ou grande evento pode trazer para uma cidade.

É preciso informar os desavisados sobre os dinheiro que será deixado aqui pelo turista. Imaginem 7 diárias de hotel para 500 mil pessoas, público estimado do evento.

Além disso, há a expansão da economia como um todo, gerando novos postos de emprego e os benefícios de longo prazo que aparentemente são difíceis de medir mas que geram impacto positivo como por exemplo, a construção de um estádio novo gera um círculo virtuoso no bairro, estimulando o comércio e a moradia, além da arrecadação para novas obras.

Sem contar que o fluxo turístico sempre melhora a imagem de um país na comunidade internacional.

Só posso dizer que sem hotéis não há turismo e sem São Paulo a Copa é impossível.

Maurício Bernardino - Presidente ABIH-SP
www.abihsp.com.br

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