CASA BRASIL É PALCO PARA TROCA DE EXPERIÊNCIAS ENTRE BRASIL E ÁFRICA DO SUL

Workshop com especialistas envolvidos na organização da Copa 2010 abordou temas como marketing, turismo, finanças e proteção de marcas durante a Copa
Estabelecer uma visão comum, proteger os patrocinadores, preparar a população e ter um planejamento financeiro detalhado. Segundo empresários e representantes do governo sulafricano, esses são alguns dos passos mais importantes na preparação de um país para sediar a Copa do Mundo. Essas recomendações foram dadas para representantes do governo brasileiro e das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 durante um workshop organizado pelo Ministério do Esporte do Brasil neste sábado, 26 de junho, na Casa Brasil em Joanesburgo.

“O que mais me interessou foi conhecer melhor o trabalho realizado pelo governo sulafricano para resgatar aspectos históricos e culturais do país e mostrá-los ao mundo durante a Copa”, disse José Luiz da Cunha, diretor de Mercados Internacionais da Embratur. De acordo com Cunha, o Brasil também deve aproveitar a Copa para mostrar ao mundo o que tem de melhor, sempre com a visão do legado que o evento deve deixar para o País a longo prazo.
Segundo a palestrante Dawn Robertson, Chefe do Departamento de Arte, Cultura e Recreação da Província de Gauteng (onde está situada a cidade de Joanesburgo), a oportunidade de promoção para o país sede da Copa pode ser comparada a um comercial de TV com 30 dias de duração. Para aproveitar ao máximo essa oportunidade, a província resgatou seus valores, lançou uma nova logomarca e um novo slogan e preparou a população para receber bem os turistas.
“Use cada oportunidade para mostrar o seu melhor, alinhe todos os envolvidos na preparação para a Copa em torno de uma mesma visão e missão, associe os eventos a uma causa e dê atenção máxima aos detalhes”, aconselhou Ravi Naidoo, chefe executivo da agência de publicidade Interactive Africa, que atuou no planejamento e na execução de diversas ações de marketing do Mundial, incluindo a criação da logomarca e do mascote.
Outro tema abordado no workshop foi a proteção de marcas e direitos autorais. “É preciso proteger os patrocinadores, pois a Copa do Mundo não ocorreria sem eles”, disse Hugh Melamdowitz, advogado da Spoor & Fisher. Segundo ele, um programa efetivo de proteção de patrocinadores deve incluir leis, comunicação, cooperação e implementação.
O encontro foi fechado por Farouk Seedat, chefe do Departamento Financeiro do Comitê Organizador Local da Copa 2010. Ele aconselhou o Brasil a planejar seu orçamento com antecedência e detalhadamente, além de buscar aprender com as melhores práticas. “Mas não basta apenas importar soluções de outros países. É preciso sempre levar em consideração as condições locais”, defendeu Seedat.

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