MINISTRO DO TURISMO, LUIZ BARRETTO FALA DA COPA DO MUNDO 2014 , DAS AÇÕES E INVESTIMENTOS NO DIARIO DO TURISMO



Como colaboradora do Diario do Turismo de São Paulo, fiz esta entrevista exclusiva que saiu ontem no Diario com o ministro do turismo, Luiz Barreto, e que recebeu
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Diario do Turismo- Qual será a nova cara do Brasil antes e depois da copa do mundo de 2014?



Luiz Barretto - A escolha do Brasil para receber a Copa do Mundo demonstra a nova posição que ocupamos hoje no mundo. Não somos mais o país do futuro, mas do presente. É essa a imagem que já transmitimos e que será ampliada nos próximos anos, não apenas pela realização da Copa do Mundo, mas também das Olimpíadas. A Copa do Mundo oferece a oportunidade para apresentarmos um país que produz tecnologia de ponta, alimentos para todo o mundo, tem produtos turísticos que vão muito além do sol e praia.



Diário do Turismo- Quanto o governo federal está investindo para receber a copa e os turistas que vão chegar?



Luiz Barretto- No caso do Ministério do Turismo, lançamos recentemente quatro linhas de crédito com recursos do BNDES e dos fundos constitucionais que somam R$ 1,8 bilhão para a ampliação e reforma do parque hoteleiro nacional. A promoção turística do país visando à Copa do Mundo terá início já em junho, na Casa Brasil, que funcionará em Joanesburgo, durante toda a Copa da África do Sul. Para isso, o orçamento do Embratur passa dos R$ 100 milhões em 2010. Até 2013, pretendemos capacitar 306 mil trabalhadores do turismo, um investimento estimado em R$ 440 milhões. Na área de infraestrutura turística, além dos recursos do orçamento do ministério, temos mais US$ 1,6 bilhão do Prodetur, o Programa de Desenvolvimento do Turismo, que tem dimensão nacional.




Diário do Turismo - Quais os setores imprescindíveis para receber um turista desse porte, quais as providencias que estão sendo tomadas?



Luiz Barretto -O ministério do Turismo tem quatro eixos de atuação: a infraesturutura turística, a promoção, a qualificação de mão-de-obra e a hotelaria. Estes quatro eixos estão sendo contemplados pelas linhas de crédito citadas. Para qualificar a mão-de-obra, demos início a cursos a distância de inglês e espanhol, pelo Olá Turista, em parceria com a Fundação Roberto Marinho. Até o fim do ano, serão ministradas nas 12 capitais que receberão jogos da Copa. Nos próximos anos, além dos cursos de idiomas, os trabalhadores do turismo serão treinados para bem receber, manipular corretamente os alimentos, atuar como garçons, camareiras... Além da ação do governo federal, estados, municípios e a iniciativa privada estão se organizando também para treinar mão-de-obra.

Diário do Turismo - As cidades sedes da copa já estão preparadas para atender esse evento? Tem alguma cidade com risco de não cumprir o prazo e deixar de ser cidade -sede?



Luiz Barretto -Todas as cidades-sede estão sendo contempladas com investimentos do governo federal na área de mobilidade urbana e qualificação. As linhas de crédito para hotelaria estão disponíveis. Temos tempo suficiente para melhorar toda a rede de atendimento ao turista estrangeiro que virá ao Brasil e aos brasileiros que circularão pelo país durante a Copa.



Diário do Turismo - A quinta edição do salão do turismo, terá tema centralizado na copa do mundo?

Luiz Barretto-O Salão não tem um tema definido, mas, com certeza, a copa será assunto de muitas discussões, inclusive dentro do Núcleo do Conhecimento.





Diário do Turismo- Quais as novidades do salão para este ano?

Luiz Barretto -Na Feira de Roteiros, onde são apresentados os roteiros turísticos dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal, haverá 18 novas opções.



A Área de Gastronomia volta a contar com a parceria da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que levará quatro chefs para preparar os pratos típicos das cinco macrorregiões brasileiras dentro do evento.



No palco principal e nos palcos espalhados pelo Anhembi, os visitantes poderão assistir a mais de 80 apresentações artísticas que integram a programação de Manifestações Artísticas do 5º Salão do Turismo.



A Rodada de Negócios terá seu formato ampliado, tornando-se Encontro de Negócios e reunindo representantes do poder público e do empresariado local na divulgação e comercialização de destinos e roteiros turísticos junto aos operadores.



Diário do Turismo - O Salão tem sido um grande atrativo para estudantes e universitários para reciclarem seus conhecimentos, e neste ano novidades para eles?



Luiz Barretto -Na 5ª edição do Salão, para o Núcleo de Conhecimento estão programadas 71 atividades, totalizando 161 palestrantes nos quatro dias de realização do módulo.





Diário do Turismo -Como o senhor analisa o turismo global e como o Brasil se coloca neste contexto?

Luiz Barretto -Em um mundo em que o turismo se reafirma a cada dia como uma indústria propulsora do desenvolvimento e geradora de divisas, a concorrência com outros destinos tem crescido muito nos últimos anos. Para fazer frente a essa realidade, não basta apenas oferecermos belezas naturais ou dizer que temos um povo simpático, que tem prazer em receber o turista. É claro que isso é importante, mas o que faz o sucesso de um destino turístico no mundo hoje é qualidade ofertada combinada com preços competitivos.



Por isso, o MTur é incansável em lançar políticas focadas na profissionalização de toda a cadeia produtiva do turismo. Desde a criação do ministério, o Brasil evoluiu bastante, com um trabalho consistente, em que somos pautados pela descentralização, parcerias e articulação com todas as instâncias da poder público, a iniciativa privada e o terceiro setor, com o objetivo claro de conduzirmos políticas em que o turismo seja vetores de inclusão social, mas com foco na questão da sustentabilidade.



O resultado de todo esse esforço é que o Brasil se manteve em 13º no ranking mundial em economia do turismo em 2009, segundo estudo do World Travel & Tourism Council (WTTC), apesar da crise internacional. A pesquisa coloca o país em 1º lugar em economia do turismo na América Latina e classifica o Brasil entre os dez primeiros países em termos de PIB do turismo (10º lugar), geração de empregos diretos e indiretos do setor (7º lugar), na geração de empregos diretos no setor (5º lugar) e na rapidez de crescimento dos investimentos no setor (5º lugar).



Tudo isso reforça a imagem internacional que temos hoje. O mundo vê nosso país como um dos mais promissores, pelo bom desempenho da nossa economia, pelos investimentos que acontecem para a Copa e as Olimpíadas e pelo grande potencial de desenvolvimento que tem o turismo, tanto doméstico quanto internacional.

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