TAP ,S.A VOLTA AOS LUCROS COM 57 MILHÕES DE EUROS

A TAP, S.A. obteve um lucro de 57 milhões de euros, recuperando dos 209 milhões negativos de 2008 e superando mesmo os 54 milhões positivos registados em 2007. É um resultado notável, que reposiciona a TAP no patamar do equilíbrio e dos lucros em que tem vivido nos últimos anos, à exceção de 2008.

As vendas da TAP, S.A. (Passagens, Carga e Manutenção) além Potugal , que totalizaram 1.430 milhões, voltaram a crescer em termos relativos face às alcançadas em território nacional. Este valor, comparado com os que recentemente foram tornados públicos, confere à TAP o título de maior exportador português de 2009.

A redução de 11 por cento nos proveitos operacionais ou seja menos 238 milhões de euros – passando de 2.161 milhões de euros em 2008 para os 1.923 milhões em 2009 – foi compensada pela redução no preço do combustível, que representou 294 milhões de euros. Se nada mais tivesse sido feito, a TAP, S.A. teria um prejuízo de 153 milhões de euros.

No entanto, os esforços de redução de custos que a empresa tem feito, somados à redução seletiva da oferta do transporte aéreo, reduziram os custos em 201 milhões de euros, permitindo à TAP, S.A. alcançar o lucro de 57 milhões de euros.

A acrescer a isso, o reforço da agressividade comercial permitiu minimizar a quebra de proveitos que marcou a atividade do setor no ano passado.

O resultado operacional, que se tinha situado nos 156 milhões de euros negativos em 2008, foi assim positivo em 2009, ascendendo a 65 milhões de euros.

O EBITDAR teve um crescimento significativo, evoluindo de 48 milhões para 262 milhões de euros em 2009.

O resultado da TAP, SGPS manteve-se, contudo, negativo (-3,5 milhões de euros), apesar de contrastar fortemente com o obtido em 2008, ano em que o Grupo totalizou perdas de 285 milhões de euros.

O prejuízo da TAP, SGPS em 2009 deveu-se, principalmente, ao impacto negativo de 31,6 milhões com a retomda das ações que a Globalia detinha na Groundforce (handling) .

De assinalar que a recuperação da TAP ocorre precisamente no ano em que o transporte aéreo, segundo a IATA, registou os piores prejuízos de sempre, com perdas de 9,4 mil milhões de dólares.

Ainda segundo dados da IATA, o tráfego em 2009 teve uma quebra média de 7,2 por cento, enquanto a TAP apenas desceu 3,4 por cento, transportando 8,44 milhões de passageiros na sua rede geral, o que corresponde ao seu segundo melhor ano de sempre.

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