TEMPORADA DE MODA EM SÃO PAULO

Começou esta semana em São Paulo a edição Inverno 2010 da São Paulo Fashion Week (SPFW), o maior evento da moda da América Latina, que reúne os mais importantes estilistas no lançamento de suas coleções. Também foi dada a largada à 37ª Couromoda, evento que reúne expositores de 60 países, além de lojistas e distribuidores de todo o Brasil, antecipando as principais tendências e estilos dos setores de calçado, bolsas e acessórios da próxima estação.



Ambos os eventos são uma demonstração irrefutável da força dessa indústria, que está cada vez mais saudável e competitiva. Segundo dados do Observatório do Turismo de São Paulo, núcleo de estudos e pesquisas da São Paulo Turismo (SPTuris), o circuito da Moda na capital paulista pode registrar um crescimento de 15% na geração de divisas com o turismo, em comparação a 2008, movimentando cerca de R$ 100 milhões. O número de visitantes à SPFW e à Couromoda deve somar R$ 98 milhões nesta temporada, de acordo com o levantamento.



Outro indício da força do segmento na cidade foi a conquista, em 2009, da oitava posição na classificação mundial de moda. O ranking é divulgado anualmente pela Global Language Monitor, grupo sediado nos Estados Unidos que rastreia a procura e a presença de palavras na mídia e na Internet. A capital paulista subiu nada menos do que 25 posições na lista, uma vez que no ano passado estava na 33ª colocação.



O bom momento pelo qual passa a indústria calçadista e as perspectivas positivas para 2010 ditaram o tom dos discursos durante a abertura oficial da Couromoda, no Anhembi.



O aumento da produção em 2009 – 3.5%, em termos de volume de pares vendidos e 6.5%, em termos de valores, em detrimento de 2008 –, e os investimentos federais para apoiar a produção e o financiamento não só de calçados, mas de todos os produtos industrializados, levam os empresários do setor a crer que 2010 será um ano próspero, em termos de produção e faturamento. Chega-se a comentar que, este ano, o setor deve reafirmar o PIB de R$ 40 bilhões, empregando mais de 400 mil pessoas.

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