RESTAURANTES E BARES DE PERNAMBUCO TERÃO CARDÁPIOS EM BRAILE

A Secretaria de Turismo de Pernambuco (Setur) apresentou hoje (11) os primeiros 45 cardápios em braile produzidos em convênio com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a Associação Pernambucana de Cegos (Apec). A proposta é fazer com que cada um dos 250 estabelecimentos associados à Abrasel apresente cardápios adaptados aos deficientes visuais. A ação compõe o programa Turismo Acessível – Pernambuco sem Barreiras, da Setur. Até o final do primeiro semestre todos os cardápios estarão disponíveis nos estabelecimentos conveniados. Para esta ação o investimento da Setur foi de R$ 9.300.

“Esta parceria é importante para garantir dignidade aos deficientes visuais, para que eles não precisem pedir ajuda a outras pessoas. Estamos estudando também a possibilidade de criar cardápios em MP3, para os cegos que não leem em braile”, afirmou o secretário de Turismo Paulo Câmara.

Para o presidente da Apec, Antônio Muniz, o projeto trará também uma maior compreensão a respeito dos direitos das pessoas com deficiência. “No ano passado comemoramos o ano do bicentenário de Louis Braille, idealizador do sistema de leitura para cegos, e não poderíamos estar mais felizes com essa ação do Governo de Pernambuco”. Segundo Muniz, a Apec tem 1.150, mas no Estado inteiro existem aproximadamente 70 mil cegos. No Brasil este número chega perto de 700 mil.

Desenvolvido desde julho de 2008, o Pernambuco sem Barreiras, programa pioneiro no Brasil, tem o objetivo de adequar o destino turístico Pernambuco para receber turistas não apenas com deficiência visual, como também aqueles que apresentam mobilidade reduzida.

Outras ações do programa estão em fase de execução. Mais de 10 mil cartilhas do Programa Turismo Acessível – Pernambuco sem Barreiras estão sendo distribuídas nas 10 Rotas Turísticas do Estado. Voltada ao trade turístico, o material esclarece quais as mais importantes medidas a serem tomadas para a adaptação dos serviços às pessoas portadoras de deficiência.

Além de direitos que passam a ser adquiridos, trata-se de um mercado turístico promissor. O turista com deficiência ou mobilidade reduzida apresenta alto gasto médio, passa mais tempo no destino e viaja quase sempre acompanhado. As pessoas com deficiência representam 10% da população brasileira, dos quais 1,3 milhão são pernambucanos ou moram no Estado.

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