AMORIM PROPÕE G2 ENTRE BRASIL E FRANÇA

O ministro brasileiro das Relações Exteriores defendeu nesta quinta-feira a criação de um G2, integrado pelo Brasil e pela França, que representaria "o casamento da razão e da emoção, que pode ajudar a mudar o mundo".

Celso Amorim adiantou que o Brasil quer garantias formais dos Estados Unidos sobre as previstas instalações militares norte-americanas na Colômbia e de que o equipamento, a ser usado no âmbito do acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos, não será utilizado para outro fim, que não o anunciado pelos dois países.

"Queremos saber que tipo de equipamentos e como serão utilizados, e gostaríamos de ter garantias formais de que não vão ser usados de maneira diferente do que tem sido declarado", afirmou aos jornalistas o ministro brasileiro.

"O objetivo não é colocar ninguém no banco dos réus," contudo "a presença estrangeira na região" para o ministro brasileiro "suscita questões".

As declarações de Celso Amorim foram feitas à margem da palestra "Agir por uma governação global melhor", a convite do ministro francês das Relações exteriores, Bernard Kouchner, na conferência anual dos Embaixadores Franceses

Durante a sua intervenção, o ministro brasileiro, numa referência ao G2, grupo constituído pelos Estados Unidos da América e pela República Popular da China, defendeu a criação de um G2 composto por Brasil e França.

Para o ministro brasileiro, este G2 representaria "o casamento da razão e da emoção, que pode ajudar a mudar o mundo" acrescentando existir "um ponto de encontro que, se soubermos somar, terá uma influência maior e ela será positiva".

Apesar de Celso Amorim não gostar da fórmula G2 por supor uma exclusão de outros países, desse G2 poderia surgir "uma influência em favor da paz e do desenvolvimento humano".

Sexta-feira, os 12 países que compõem a União das Nações Sul-americanas (UNASUL) reúnem os respectivos chefes de Estado em Bariloche, Argentina, para discutir o conflito regional provocado pelo acordo alcançado entre norte-americanos e colombianos, tendo em vista a utilização de sete bases militares Colombianas pelos Estados Unidos.

Oficialmente, Washington e Bogotá declaram que o acordo visa reforçar o combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas.

FONTE:AGENCIA LUSA

Comentários