TRIP APRESENTA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SUA ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO E SUGERE MEDIDAS DE ESTÍMULO À AVIAÇÃO REGIONAL

A TRIP Linhas Aéreas, maior empresa da aviação regional brasileira, representada pela sua diretoria executiva e membros do conselho de administração, reuniu-se ontem com o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, com o objetivo de apresentar sua atual estrutura societária e de capital, bem como seu plano de investimento e crescimento. Adicionalmente, foram sugeridas medidas de estímulo para o transporte aéreo regional, que possibilitariam incrementar ainda mais sua expansão.



A companhia tem como foco estratégico o mercado de aviação regional, que é caracterizado pela realização de voos em ligações de baixa e média densidades de tráfego, operando com aeronaves de até 90 lugares. Este modelo de negócio se demonstrou sustentável para a TRIP, que apresenta atualmente, uma taxa de crescimento de 70% ao ano, independentemente da existência de subsídios ou protecionismos, e calcado apenas nas condições do atual mercado competitivo. A companhia obteve, recentemente, o financiamento para a aquisição de quatro aeronaves EMBRAER, contando com linhas do BNDES e Banco do Brasil.



As medidas sugeridas visam atender às necessidades do setor, que tem papel fundamental no desenvolvimento econômico do País, dando maior acessibilidade a ligações, também fora dos grandes centros. Dessa forma, a companhia entende que uma política pública eficaz para o desenvolvimento do setor, passaria por medidas que equalizem as questões econômicas que atingem a aviação regional. Somente desta forma, o setor poderia iniciar um ciclo desenvolvimentista baseado no ganho de escala e redução de custos em uma vertente, e barateamento das tarifas e incentivo de tráfego na outra. Para tanto, a companhia sugere ações em três pontos fundamentais: financiamento de aeronaves, melhoria e ampliação da infraestrutura e tratamento tributário diferenciado.



A empresa ressaltou ao Presidente da República, a necessidade de forte ampliação e modernização das frotas de aeronaves regionais no país, e que um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas regionais, é justamente o seu financiamento. Os aviões regionais, contam hoje com poucas linhas de financiamento disponíveis, e praticamente inexistem instituições financeiras que façam o seu financiamento integral. Por outro lado, este fato não acontece nos aviões de grande porte, pois estes possuem maior disponibilidade de crédito e liquidez no mercado internacional e permitem financiamentos ou leasings integrais. A conseqüência disto é que a necessidade de caixa para introduzi-los é cinco vezes maior do que uma aeronave de grande porte. Além disso, a estrutura de garantias adicionais consome rapidamente a disponibilidade de crédito das empresas, onerando ainda mais, o custo de aquisição. Portanto a companhia propõe uma política de que viabilize o financiamento de 100% do valor das aeronaves, especialmente os jatos regionais da Embraer, através de um programa de garantias governamentais, associada ao financiamento complementar de capital de giro para o crescimento sustentável.



Referente à infraestrutura aeroportuária, a TRIP pleiteou que o plano de investimento da União ocorra de forma contínua e planejada, contemplando com ênfase os aeroportos nas cidades de médio e pequeno porte, para possibilitar o acesso das aeronaves regionais nestas localidades. A empresa ressaltou a dificuldade hoje encontrada para ampliar e manter as operações nos diversos aeródromos pelo interior do país, onde inclusive alguns deles tiveram operações suspensas em virtude das atuais exigências da Agencia Nacional de Aviação Civil.



Finalmente, a TRIP sugere um modelo de desoneração tributária, visando proporcionar a correção de assimetrias econômicas encontradas na operação em localidades remotas e de menos densidade de tráfego, em detrimento da operação nos grandes centros econômicos do país. Um exemplo clássico disto, é que o preço do combustível de aviação em uma cidade na região amazônica, devido a sua dificuldade de acesso e baixo consumo, possui um valor substancialmente superior aqueles cobrados nas capitais do país. Um exemplo de desoneração pleiteado, foi um esforço junto a todos os estados da federação, para reduzir o ICMS cobrado do combustível. Além disso, as assimetrias causadas pela baixa escala de produção hoje existente nesta indústria, seriam melhor diluídas com adoção deste tipo de política. A empresa entende que a indução de demanda ocasionada, bem como a propagação positiva para outros setores da economia nestas localidades, compensaria no médio e longo prazo qualquer renuncia fiscal adotada.



A TRIP Linhas Aéreas voa, atualmente, para mais de 70 destinos, tem uma frota de 27 aeronaves entre turboélices ATR e jatos regionais EMBRAER. Desde sua criação, investiu cerca de US$ 150 milhões em sua capitalização, o que permite uma estrutura de capital robusta para investimentos de mais de US$ 1 bilhão na aquisição de novas aeronaves, de forma a atingir uma frota de mais de 60 aeronaves regionais antes da Copa do Mundo de 2014.



Sobre a TRIP Linhas Aéreas (www.voetrip.com.br)



Com mais de 10 anos de atividade no Brasil, a TRIP é hoje a maior companhia aérea regional do País e também da América do Sul por atender o maior número de cidades e contar com a maior frota de aeronaves regionais. É controlada pelos Grupos Caprioli e Águia Branca, ambos com tradição em transporte de passageiros e um histórico de resultados sólidos e crescimento sustentado. A TRIP tem como um de seus investidores a norte americana Skywest Inc., maior empresa de transporte aéreo regional do mundo, com 450 aeronaves, que adquiriu 20% de participação no capital da companhia. Com um faturamento bruto em 2008 de R$ 322 milhões, a empresa gera 1,5 mil empregos diretos e indiretos, conta com 27 aeronaves e opera em 73 cidades em todo o País.

Comentários